Tumor neuroendócrino é um tipo muito raro que apresenta comportamento distinto e tem causas diferentes dos mais comuns
Correção: Diferentemente do que informou este site na reportagem "Saiba mais sobre o câncer de pâncreas e o tipo de tumor que atingiu Steve Jobs"(06/10/2011 - 12h52), a chance de uma pessoa ter a doença é três por milhão de habitantes e não uma por três milhões. O texto original já foi corrigido.
Steve Jobs, morreu aos 56 anos, nesta quarta-feira, depois de passar cerca de sete anos lutando contra um câncer de pâncreas. A doença que atingiu o fundador da Apple é um tipo muito raro de tumor, chamado de neuroendócrino. A chance de uma pessoa ter essa doença é três por milhão de habitantes.
— Este tipo de câncer tem um comportamento diferente, possui características próprias. Provavelmente, pelo tempo que Jobs viveu, o tumor era de crescimento lento e não responsivo, ou seja, que não responde aos tratamentos de quimio e radioterapia — explica o oncologista da Santa Casa Rodolfo Radke.
Segundo o médico, por ser raro, ainda não existem muitas evidências sobre os tumores neuroendócrinos. Sabe-se que eles podem atingir vários órgãos e que, possivelmente, tenham causas diferentes dos outros tipos.
— Provavelmente, os tumores neuroendócrinos tenham relação com alterações genéticas — afirma Radke.
Câncer de pâncreas
O câncer de pâncreas, de acordo com o especialista, não costuma ser frequente, mas é bastante agressivo e de difícil diagnóstico, por isso apresenta mortalidade muito alta.
O tipo mais comum é o adenocarcinoma, que afeta 90% dos pacientes. Somente 15% dos pacientes que desenvolvem a doença sobrevivem.
O risco de desenvolver a doença é maior após os 50 anos de idade, principalmente na faixa entre 65 e 80 anos. A incidência é maior entre os homens.
:: Sintomas
O câncer de pâncreas não apresenta sinais específicos, o que acaba dificultando o diagnóstico precoce e atrasando o início do tratamento. Normalmente, os sintomas — perda de peso, dor, ascite (água na barriga) — aparecem quando a doença já está em um estágio avançado.
:: Diagnóstico
É realizado através da análise dos sintomas e de exames de laboratório, como de sangue, fezes e urina. Outros exames também podem ajudar na detecção, como tomografia, ultrassonografia abdominal, entre outros.
:: Tratamento
A cura do câncer de pâncreas é possível somente quando este for detectado em fase inicial. O tipo de tratamento depende do estágio em que a doença se encontra, mas, o básico normalmente é a cirurgia, que é de alto risco.
Em pacientes cujos exames já mostraram metástases à distância ou estão em precário estado clínico, o tratamento paliativo imediato mais indicado é a colocação de endoprótese.
A radioterapia e a quimioterapia, associadas ou não, podem ser utilizadas para a redução do tumor e o alívio dos sintomas.
Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário