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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tendência: Instituições de saúde mais aptas aproveitam o boom de fusões e aquisições

Segundo consultor, governança corporativa e visão de mercado fazem o diferencial para a perpetuação do negócio

“Aqueles com capacidade gerencial e visão de mercado adequada às tendências têm potencial de surfar a onda das fusões e aquisições com sucesso”. A opinião do sócio da Cypress, assessoria em finanças corporativas, Carlos Parizotto ilustra a plena expansão por que o setor de saúde atravessa.

A tendência de consolidação e verticalização da Saúde começou com as operadoras e laboratórios de imagem como, por exemplo, Fleury e Dasa. Segundo Pazizotto, a possibilidade de abertura de capital para tais empresas representa um incentivo para os investidores.

A Cypress assessorou, por exemplo, a emissão de debêntures de cerca de R$ 100 milhões das Clínicas Oncológicas Integradas para o financiamento de seu plano de crescimento.

Seguindo a mesma tendência, os hospitais – impossibilitados de receberem aportes estrangeiros – também começaram a incorporar instituições locais. Para o consultor, a integração de hospitais é alternativa de melhorar a rentabilidade desse tipo de entidade, que costuma não ser alta. Rede D´Or e Amil são os maiores exemplos de redes que buscam aumentar a abrangência.

Assim como em outros setores, os fatores que impulsionam as fusões e aquisições na Saúde também têm a ver com o aumento do poder de compra da população. Além disso, está relacionado com a tendência de redução da taxa de mortalidade e o envelhecimento da população brasileira.

“O Brasil ainda é muito pulverizado, mas a perspectiva é de crescentes migrações do setor público para o privado”, diz Parizotto.

E as pequenas instituições?
Pressão é o que sofrem as pequenas instituições de saúde diante da consolidação do setor. “Maior escala gera competitividade e musculatura financeira perante os menores”, afirma Parizotto.

No entanto, a qualidade assistencial tende a melhorar na opinião do executivo. “O mercado competitivo é positivo para o consumidor, pois a oferta de serviços e segmentação de produtos são maiores”, explica.

Apesar dos benefícios decorrentes de um mercado aquecido, as premissas éticas do setor de saúde não podem ficar de lado. “As empresas têm que encontrar a dinâmica mercadológica sem passar por cima dos pré-requisitos éticos”, acrescenta.

Dificuldades
Para Parizotto, os prestadores de saúde, em geral, são administrados por médicos ou profissionais do segmento. Tal cenário muitas vezes dificulta o processo de fusão e aquisição.

De acordo com o consultor, o histórico de dependência do SUS pelas entidades privadas também acaba sendo outro obstáculo.

Dessa forma, as instituições que tiverem uma governança corporativa estruturada, com gestão profissionalizada e visão de mercado devem sobressair na corrida pelas fusões e aquisições.

Fonte SaudeWeb

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