Objetivo é desenvolver meios de melhorar o diagnóstico
A fundação de Bill e Melinda Gates e um organismo financiado pelo Estado canadense investirão R$ 60 milhões (US$ 32 milhões) para ajustar as ferramentas de diagnóstico médico que funcionam em regiões subdesenvolvidas e que podem salvar um grande número de vidas.
A iniciativa busca incentivar pesquisadores e inventores a desenvolver instrumentos mais baratos para identificar doenças que atingem os países em desenvolvimento, como a malária, a tuberculose, a Aids e vários males tropicais, desde o primeiro contato do potencial paciente com um trabalhador da saúde, incluindo as zonas rurais desprovidas de equipamentos modernos.
Peter A. Singer, diretor da organização Grandes Desafios Canadá, diz pede que as pessoas imaginem “um aparelho a pilhas que se possa ter em mãos, que seja capaz de analisar uma gota de sangue e determinar, em poucos minutos, se uma criança sofre de malária, de dengue ou de uma infecção bacteriana”.
– Um diagnóstico rápido só de malária poderia evitar 100 mil mortes ao ano. Acreditamos que esta perspectiva e outros meios para salvar vidas estejam ao nosso alcance.
Foram fixados cinco objetivos para o projeto: tomar a amostra de sangue (ou outro material biológico), prepará-la para ser analisada, identificar doenças eventuais, transmitir dados e receber os resultados, garantir o funcionamento do aparelho em zonas sem eletricidade ou refrigeração.
Além disso, os pesquisadores devem pensar em criar um aparelho barato e de fácil acesso.
Uma das empresas selecionadas, a Bigtec Labs de Bangalore, na Índia, já desenvolveu um aparelho de análises portátil chamado "mini-PCR" (Polymerase Chain Reaction), capaz de identificar a malária a partir de rastros de DNA.
Outros projetos vão desde pedaços de pano de seda utilizados para a detecção barata de doenças no sangue ou na urina a cotonetes para exames de diarreia, causa importante de mortalidade infantil nos países tropicais.
Fonte R7
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