Centro ficará instalado no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e abrigará um banco de pele, um banco de tecido musculoesquelético e um banco de tecido ocular humano
Menos de quinze dias depois de visitar o Recife para inaugurar o Hospital Pelópidas Silveira e fazer o anúncio oficial dos R$ 3,6 milhões para o Hospital da Restauração, como parte do SOS Emergência, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, volta à capital pernambucana, no dia 19 de dezembro, para inaugurar, às 17h, o primeiro Banco Multitecidos (BMT) do Norte-Nordeste.
O centro ficará instalado no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e abrigará um banco de pele, um banco de tecido musculoesquelético e um banco de tecido ocular humano. Tudo isto em uma área climatizada de 200 m2, frutos de um investimento de R$ 2 milhões, bancados pelo Governo Federal através da pasta da saúde. O BMT, segundo informações da assessoria de imprensa do Imip, obedece aos padrões internacionais de recepção, processamento e armazenamento.
Num primeiro momento, o banco espera receber tecidos de aproximadamente 50 doadores por ano e processar cerca de 75 mil centímetros quadrados de pele, estoque suficiente para tratar 50 pacientes anualmente.
As instalações, também de acordo com a assessoria, contarão com sala administrativa, salas de reuniões, sala para recepção de tecidos, sala de guarda de materiais, vestiário de barreira, sala de processamento de tecidos, antecâmara, área para avaliação dos tecidos, sala de armazenamento de tecidos e sala de liofilização/criopreservação.
O banco de pele atenderá, prioritariamente, a população do Estado de Pernambuco e da Região Nordeste vítima de queimaduras. Existem hoje apenas três centros do tipo no Brasil, sendo que somente o de Porto Alegre (RS) está em pleno funcionamento.
O banco de tecido musculoesquelético, por sua vez, irá fornecer principalmente ossos, cartilagens, ligamentos e tendões para cirurgias em diversas especialidades, em pacientes com tumores ósseos, traumas, que tenham sido submetidos a cirurgias de coluna, bucomaxilo-faciais, de reparação de tendões ou qualquer procedimento cirúrgico que necessite grande quantidade de enxerto.
Já o banco de tecido ocular humano promoverá a captação, avaliação e armazenamento do tecido ocular, principalmente córneas, para fornecimento em casos de cirurgias oftalmológicas. O Brasil conta atualmente, segundo dados das vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, com 43 bancos desse tipo em funcionamento. Desde 1998, o transplante de córnea é o mais frequente do País.
Fonte SaudeWeb
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