O secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou hoje que, no início de 2012, a vacina contra o cancro do colo do útero passa a ser administrada apenas aos 13 anos e deverá deixar de ser comparticipada nas farmácias.
A medida faz parte do novo Plano Nacional de Vacinação, cujas mudanças vão gerar uma poupança de 6,5 milhões de euros, adiantou à agência Lusa Fernando Leal da Costa.
A vacina contra o HPV – uma das causas do cancro do colo do útero, carcinoma que mata mais de 300 mulheres por ano em Portugal – entrou no Plano Nacional de Vacinação (PNV) em 2008 e era administrada até agora em três doses ao longo de seis meses.
Segundo dados relativos a 2010, mais de 47 mil raparigas nascidas em 1995 foram vacinadas contra o HPV, o que significou uma cobertura superior a 84%.
“A partir de agora, aos 13 anos, com uma toma única vamos vacinar todas as meninas que cheguem a essa idade”, disse à Agência Lusa Fernando Leal da Costa, considerando esta “é uma das grandes vantagens” do novo programa de vacinação.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde explicou que, neste momento, com a campanha que foi realizada junto das jovens a partir dos 17 anos existe uma “cobertura muito alta”.
Também por esta razão, o Governo está a ponderar a descomparticipação da vacina contra o HPV (vírus do papiloma humano) que é adquirida nas farmácias.
Existem duas vacinas à venda nas farmácias, sendo apenas uma delas comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde.
“A partir do momento em que está terminada a campanha, permitindo que todas as meninas sejam vacinadas gratuitamente aos 13 anos, não há razão para continuar a comparticipar uma vacina que é oferecida pelo Estado a toda a população em risco”, sustentou.
Outras mudanças que irão constar no novo programa de vacinação são a antecipação da vacina do sarampo, que vai passar a ser administrada aos 12 meses (até agora é dada aos 15 meses), assim como a vacina contra a meningite C, introduzida no PNV em 2006, que passará a ser uma dose única também administrada aos 12 meses, avançou.
A vacina contra a hepatite B passa a ser administrada a primeira dose ao nascimento, “deixando de justificar-se a vacinação que era feita entre os 10 e os 13 anos, uma vez que agora todas as crianças receberão a vacina aos dois e aos seis meses, ficando imunizadas para o resto da vida”, precisou Leal da Costa.
Estas medidas vão permitir uma poupança ao Estado de 6,5 milhões de euros devido à redução do número de doses administradas, adiantou à Lusa.
Leal da Costa lembrou que o PNV foi revisto em 2000 e 2006 e, no final de 2011, sofrerá “uma terceira grande revisão, correspondendo aos dados científicos mais atualizados sobre a imunidade e sobre o estado de imunização da população portuguesa”
O novo plano entrará em vigor no início do próximo ano.
Fonte Destak
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