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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Os seios siliconados também se globalizaram

O escândalo das próteses mamárias, originalmente francês, porque as próteses defeituosas provêm da empresa francesa Poly Implant Prothèse (PIP), de Seyne-sur-Mer, adquire a cada dia um caráter mais amplo, planetário: os seios também se globalizaram.

Nem todos os seios reagem da mesma maneira. Na Austrália, onde 9 mil mulheres usam os implantes da PIP, a Agência de Regulamentação Sanitária não quis se precipitar. Enquanto a França, fonte do drama, recomenda a remoção das próteses vendidas em 65 países e usadas por 500 mil mulheres, as autoridades australianas, impassíveis, comunicaram às australianas que "não há prova de um risco anormal de ruptura".

A França não mostrou o mesmo sangue-frio. O Ministério da Saúde recomendou que as 30 mil francesas portadoras de próteses fizessem a sua extração, ato que seria assumido pelas autoridades sanitárias, com a substituição gratuita da prótese em certos casos. Desde abril de 2010, a venda dos implantes da PIP está proibida. De lá para cá, as queixas só cresceram. O último movimento de pânico foi causado, há alguns dias, pela morte, por um câncer raríssimo, de uma usuária da prótese da PIP.

O maior mercado para as próteses PIP é a Venezuela, país especializado em concursos de misses, onde se registram quatro cirurgias estéticas por hora. Dizem que 60 mil peitos venezuelanos têm próteses PIP. Centenas de mulheres se manifestaram no centro de Caracas. Chávez, a exemplo da França e da Bolívia, prometeu reembolsar a retirada das próteses PIP. E não perdeu a oportunidade de avisar suas concidadãs de que essa moda de seios reabilitados era "capitalista". Pode? Noutro grande mercado do seio, a Grã-Bretanha, estima-se que 40 mil britânicas estejam equipadas com seios PIP. O governo de Londres não recomentou a extração.

Os EUA assistem a esse tumulto de longe - desde 2000, a .mportação desses produtos está proibida no país. Naquela ocasião, multiplicaram-se os estudos em torno da questão da cirurgia estética - em especial, a das mamas. Uma pesquisa realizada na França mostrou que 70% das mulheres não fazem implante depois de um câncer. A imensa maioria dos implantes mamários atende, portanto, questões puramente estéticas. "Uma venezuelana bonita", disse Astrid Medina, que protestava em Caracas contra os implantes PIP, "é uma mulher voluptuosa."

Fonte Estadão

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