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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Câncer de endométrio

Definição

O câncer de endométrio é o câncer que tem início no endométrio, a membrana mucosa que reveste a parede interna do útero.

Nomes alternativos

Adenocarcinoma de endométrio; adenocarcinoma uterino; câncer de útero; adenocarcinoma - endométrio; adenocarcinoma - útero; câncer - útero; câncer - endométrio; câncer de colo uterino

Causas, incidência e fatores de risco

Foto: ADAM
O câncer de endométrio é um crescimento canceroso do endométrio (revestimento do útero). É o câncer uterino mais comum

O câncer de endométrio é o tipo mais comum de câncer de útero. Embora a causa exata do câncer de endométrio seja desconhecida, o aumento dos níveis de estrogênio parece ser um fator importante.
O estrogênio ajuda a estimular a formação do revestimento do útero. Estudos mostram que altos níveis de estrogênio em animais resultam em crescimento endometrial excessivo e câncer.
A maioria dos casos de câncer de endométrio ocorre entre 60 e 70 anos, mas alguns casos podem ocorrer antes dos 40.
Fatores que aumentam o risco de câncer de endométrio:
  • Terapia de reposição de estrogênio, sem usar progesterona
  • Histórico de pólipos endometriais ou outras formações benignas no revestimento do útero
  • Infertilidade (incapacidade de engravidar)
  • Menstruações pouco frequentes
  • Tamoxifeno, um medicamento para o tratamento de câncer de mama
  • Nunca ter engravidado
  • Obesidade
  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
  • Início da menstruação precoce (antes dos 12)
  • Início da menopausa após os 50 anos
Possíveis doenças associadas:

Sintomas

  • Sangramento uterino anormal, menstruações anormais
    • Sangramento entre as menstruações normais antes da menopausa
    • Sangramento vaginal ou spotting (manchas de sangue) após a menopausa
  • Episódios extremamente longos, intensos ou frequentes de sangramento vaginal depois dos 40 anos
  • Dor no baixo abdome ou cólica
  • Corrimento vaginal fino e branco ou transparente após a menopausa

Exames e testes

Foto: ADAM
Biópsia endometrial

Em geral, o exame pélvico não apresenta anormalidades, principalmente nos primeiros estágios da doença. As alterações no tamanho, no formato ou na textura do útero ou das estruturas adjacentes podem ser vistas quando a doença está mais avançada.
Possíveis testes incluem:
  • Aspiração ou biópsia do endométrio
  • Dilatação e curetagem (D e C)
  • Papanicolau (pode indicar uma suspeita de câncer de endométrio, mas não representa o diagnóstico)
Foto: ADAM
D e C

D e C (dilação e curetagem) é um procedimento no qual o canal vaginal é aberto com um espéculo e o colo do útero é dilatado com uma haste metálica. Em seguida, uma cureta é passada pelo canal cervical até a cavidade uterina, onde o tecido endometrial é raspado e coletado para exames.

Se o câncer for detectado, outros exames poderão ser realizados para determinar o quanto se espalhou e se ele atingiu outras partes do corpo. Isso é chamado estadiamento.


Estágios do câncer de endométrio:
  1. O câncer está apenas no útero
  2. O câncer está no útero e no colo do útero
  3. O câncer se espalhou para fora do útero, mas não além da região pélvica propriamente dita. O câncer pode envolver os linfonodos na pélvis ou próximos da aorta (a maior artéria no abdome)
  4. O câncer atingiu a parede interna do intestino, da bexiga, do abdome ou de outros órgãos
O câncer também é classificado como grau 1, 2 ou 3. O grau 1 é o menos agressivo e o grau 3, o mais agressivo.

Tratamento

As opções de tratamento são cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Uma histerectomia pode ser realizada em mulheres que estão no começo do estágio I da doença. Geralmente, a retirada das trompas e dos ovários (salpingo-ooforectomia bilateral) também é recomendada.
 
Foto: ADAM
Histerectomia

A histerectomia é a remoção cirúrgica do útero, resultando na incapacidade de engravidar. Essa cirurgia pode ser feita por diversos motivos, incluindo, mas não se limitando a, doença inflamatória pélvica crônica, fibroma uterino e câncer. Uma histerectomia pode ser feita através de uma incisão abdominal ou vaginal.
A histerectomia abdominal é mais recomendável do que a histerectomia vaginal. Esse tipo de histerectomia permite que o cirurgião observe dentro da região abdominal e retire tecido para a biópsia.
A cirurgia combinada com radioterapia costuma ser usada para tratar mulheres com câncer em estágio I que tem grandes chances de reincidir, que atingiu os linfonodos ou que é de grau 2 ou 3.
Essa combinação também é usada em mulheres com câncer de estágio II. A quimioterapia pode ser considerada em alguns casos, principalmente para as mulheres com câncer no estágio III ou IV.

Foto: ADAM
Anatomia reprodutiva feminina

Evolução (prognóstico)

O câncer de endométrio normalmente é diagnosticado em um estágio inicial. A taxa de sobrevivência de um ano é de cerca de 92%.
A taxa de sobrevivência de cinco anos para o câncer de endométrio que não se espalhou é de 95%. Se o câncer tiver se espalhado para órgãos distantes, a taxa de sobrevivência de cinco anos cai para 23%.

Complicações

Uma possível complicação é a anemia por perda de sangue. Durante uma D e C ou uma biópsia endometrial, pode ocorrer uma perfuração no útero.
Também é possível ocorrer complicações da histerectomia, da radioterapia e da quimioterapia.

Ligando para o médico

Marque uma consulta com seu médico se você apresentar um sangramento vaginal anormal ou qualquer outro sintoma de câncer de endométrio. Isso é ainda mais importante se você apresenta fatores de risco associados ou se não tem feito os exames pélvicos de rotina.
Qualquer um dos sintomas a seguir deve ser informado imediatamente ao médico:
  • Sangramento ou spotting (manchas de sangue) após a relação sexual ou ducha vaginal
  • Sangramento que dura mais de sete dias
  • Menstruações que ocorrem a cada 21 dias ou mais
  • Sangramento ou spotting depois de seis meses ou mais sem apresentar nenhum sangramento

Prevenção

Todas as mulheres devem realizar exames pélvicos regularmente a partir do início da vida sexual (ou aos 21 anos, se não for sexualmente ativa) para ajudar a detectar sinais de infecção com desenvolvimento anormal. Os exames de Papanicolau devem ser realizados a partir de três anos após o início da atividade sexual.
As mulheres com fatores de risco de câncer de endométrio devem ser acompanhadas atentamente por seus médicos. Exames pélvicos frequentes e testes de triagem, como o Papanicolau e a biópsia endometrial, devem ser considerados.
As mulheres que fazem terapia de reposição de estrogênio devem realizar exames pélvicos e de Papanicolau regularmente.

Fonte iG

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