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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Saiba como evitar o contágio e a transmissão da bactéria KPC

Visitantes do Hospital Celso Ramos devem redobrar cuidado com higiene

De acordo com Ida Zoz, coordenadora estadual de combate à infecção de Santa Catarina, devem ser adotadas medidas para evitar o contágio e a transmissão da bactéria KPC quando as pessoas visitarem o Hospital Celso Ramos, em Florianópolis.

Segundo a coordenadora, o maior de Florianópolis passou por um surto da bactéria KPC e agora se encontra em estado de alerta com a infecção controlada. No momento há duas pessoas infectadas e quatro com colonização, termo médico para pacientes que têm a bactéria na pele, mas não manifestam a doença. Pessoas infectadas pela KPC tem um índice de mortalidade de 50%. O tratamento é feito com uma combinação de antibióticos, mas nem sempre a alternativa dá resultado.

Medidas de segurança:
- ir de roupa limpa e banho tomado;

- evitar tocar em objetos dentro do hospital;

- tocar no paciente apenas depois de higienizar as mãos, lavando-as e passando álcool; - se restringir a visitar apenas o familiar internado, evitar visitar outros conhecidos;

- evitar circular no hospital;

- evitar sentar na cama e na escadinha da cama do paciente.

Zoz declara que a situação está controlada porque todas as pessoas internadas são submetidas a exames, nenhum novo caso foi encontrado em mais de uma semana e vários dos pacientes que tiveram a infecção já tiveram alta. A coordenadora de combate a infecção ressalta que um paciente contaminado chegou de um hospital do interior com o KPC. Por medida de precaução as cirurgias eletivas foram canceladas e as visitas reduzidas.

Mesmo com o surto não há motivos para pânico. Todos têm a bactéria no intestino e a doença só se manifesta em pessoas com imunidade baixa como portadores de doenças crônicas como insuficiência renal e câncer. Por serem obrigadas a tomar muitos medicamentos o KPC adquire resistência.

A bactéria
A bactéria KPC (Klebsiella pneumonia Carbapenemase) é um microrganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente às drogas existentes. Os primeiros casos do microorganismo foram detectados em pacientes internados em UTI, nos Estados Unidos.

No Brasil, segundo a Anvisa, já foram identificados 135 casos desde 2010. O contágio ocorre basicamente dentro do hospital, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.

 
DIÁRIO CATARINENSE

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