Concussões de média intensidade, como as que ocorrem durante atividades esportivas ou quedas, podem causar problemas tardios nas crianças.
A conclusão é de um estudo feito pelo neuropsicólogo Keith Owen Yeates, da Universidade do Estado de Ohio, que trabalha no Centro de Saúde Biocomportamental.
De acordo com o pediatra Frederick Rivara, pesquisador da Universidade de Washington que não participou da pesquisa, informações adicionais são necessárias para determinar quais são as crianças com maior risco de apresentar os problemas.
Geralmente os problemas decorrentes de uma concussão somem no decorrer de alguns meses. Em exames clínicos, são difíceis de serem detectados, apesar dos danos que provocam. Mas, segundo Yeates, eles se manifestam em até 20% das ocorrências após um período de até um ano.
Perda de memória, dificuldade em prestar atenção, dores de cabeça e fadiga são os sintomas mais citados na pesquisa feita com crianças que ficaram desacordadas ou que tiveram um trauma craniano (em acidentes de automóveis ou outras causas).
O grupo formado por 186 crianças com idades entre 8 e 15 anos tiveram concussões de nível médio --os pesquisadores consideraram a perda de consciência durante cerca e uma hora e meia-- e outras traumas cranianos também de mesmo nível. Todas eram tratadas em dois hospitais e os relatórios no qual os pesquisadores se basearam foram escritos pelos pais delas.
O pediatra Riviera alerta para que traumas cranianos, incluindo as concussões, não sejam tratados como lesões menores.
Fonte Folhaonline
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