Um novo marcador do mal de Alzheimer permitiria prever a taxa de redução da capacidade mental de um paciente nos anos seguintes ao diagnóstico, segundo um estudo clínico publicado nos Estados Unidos.
A presença de altos níveis da proteína VILIP-1 no líquido cefalorraquidiano (conhecido como LCR) de 60 doentes de Alzheimer em etapas iniciais da doença está vinculada a uma deterioração mais rápida da capacidade mental nos anos posteriores, diz a pesquisa.
Embora os pesquisadores considerem necessário confirmar os resultados em estudos clínicos mais amplos, eles destacaram que os dados obtidos já indicam que o marcador VILIP-1 pode ser superior a todos os utilizados anteriormente para prever a progressão do mal de Alzheimer, uma degeneração mental irreversível.
"O VILIP-1 parece ser um indicador muito bom do dano nas células cerebrais causado pelo mal de Alzheimer", disse Rawan Tarawneh, professora-adjunta de neurologia na Universidade da Jordânia e principal autora desse trabalho publicado na revista "Neurologie" desta terça-feira.
Tarawneh trabalhou anteriormente na Escola de Medicina da Universidade de St. Louis (Missouri, EUA), onde o estudo foi realizado.
"Este marcador pode ser útil para prever a progressão da doença e avaliar novos tratamentos em testes clínicos", escreveu em um comunicado.
Os cientistas acreditam que a VILIP-1 age como um sensor de cálcio nas células cerebrais. Esta proteína é liberada no líquido cefalorraquidiano quando as células do cérebro são danificadas e, segundo os pesquisadores, revelaria a extensão dos danos causados pelo Alzheimer.
Uma pesquisa anterior realizada por Tarawneh e por outros cientistas havia demonstrado que os indivíduos saudáveis, mas com altos níveis de VILIP-1, mostraram um risco muito alto que a média de desenvolver deterioração cognitiva e mal de Alzheimer nos dois ou três anos seguintes.
Fonte Folhaonline
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