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segunda-feira, 19 de março de 2012

Guia dos alimentos congelados

Como escolher, comprar, conservar e consumir esse tipo de alimento

A praticidade é a grande vantagem dos alimentos congelados. E apesar de terem sido encarados como vilões de uma dieta saudável durante muito tempo, já não figuram mais nessa lista graças à evolução do processo de congelamento.

“É um eficiente processo de conservação. Uma vez congelado, o alimento se torna rígido e com isso, o desenvolvimento de microorganismos e o consequente processo de deterioração são drasticamente retardados”, explica a nutricionista Fabiana Honda, da PB Consultoria.

A maior preocupação em relação ao congelamento é a perda de nutrientes. No entanto, se o processo for feito de forma correta, o alimento tem cor, sabor, textura e nutrientes preservados, apenas uma pequena parte de algumas vitaminas e minerais são perdidos.

“No congelamento rápido não há quebra de molécula. Esse é o tipo de processamento em que quase não há perda de nutrientes, com exceção da vitamina C e A”, explica Jaqueline Bernardini, nutricionista do Espaço Volpi e Consultora em Personal Diet. Para garantir que o alimento tenho passado por esse método, a nutricionista indica observar se há a indicação na embalagem.

No caso dos vegetais, o congelamento causa uma pequena perda de nutrientes, pois o alimento precisa ser branqueado. O branqueamento consiste em submeter o alimento a um choque térmico, primeiro a uma alta temperatura (água fervente, por exemplo) e depois a uma baixa temperatura (água com gelo) rapidamente, explica Fabiana. O processo é importante para inativar enzimas que podem levar à alteração de cor, aroma, sabor e textura do alimento.

É preciso estar atento para detalhes como esse que podem fazer toda a diferença na qualidade do produto. Confira o que observar e quais produtos congelados comprar.

Na hora da compra
- Analise com cuidado a embalagem do produto, ela não pode conter furos, nem estar danificada.

- Não há diferença entre saco plástico ou caixa, escolha a embalagem que for mais conveniente.

- Toque os vegetais com cuidado. Tente perceber se há blocos deles, isso significa que o produto deve ter sido descongelado e congelado novamente.

- Observe a quantidade de sódio presente em cada opção. “Muitas são ricas em sódio, algumas podem chegar a ter quase 70% de todo o sódio recomendado para um dia. Outras são ricas em gorduras saturadas e trans. O excesso dessas substâncias na alimentação é um fator que predispõe a doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer”, alerta Fabiana Honda.

Previna e evite
- Aposte nos legumes congelados como ervilhas, brócolis ou até mesmo uma seleta variada.

- Fuja dos processados. Hambúrguer, nuggets de frango e empanados em geral devem ser evitados. “Eles contém muito sódio e aditivos alimentares, como nitrito, nitrato e glutamato monossódico. Além de muita gordura”, alerta Jaqueline.

- Prefira as polpas de frutas, principalmente aquelas fora da época. “Prefiro as polpas a sucos de caixinha. Elas são mais saudáveis porque contêm menos conservantes”, diz Jaqueline.

- Evite refeições prontas como lasanhas, pizza e outras preparações que são ricas em gorduras saturadas ou trans. “Para os pratos prontos, o melhor seria preparar os alimentos e casa e congelá-los. Para isso, é importante montar um prato balanceado com um tipo de carne (carne, frango ou peixe), carboidrato (cereais integrais ou tubérculos cozidos) e vegetais (cenoura, brócolis, espinafre e etc.)”, aconselha Fabiana.

- Peixes são ótimas opções, pois são difíceis de serem armazenados frescos.

Conservação e consumo
- Nunca descongele e congele novamente um produto. “Esse processo acaba com as moléculas de proteínas e prejudica a qualidade do alimento”, alerta Jaqueline.

- O produto deve ser descongelado dentro da geladeira, na prateleira de baixo. Nunca deixe o alimento descongelando em temperatura ambiente ou sob água corrente. “A água pode entrar em contato com o alimento e contaminá-lo, já em temperatura ambiente o alimento descongela de fora para dentro, facilitando a proliferação de bactérias”, diz Jaqueline.

- A data de validade dos congelados é maior do que produtos frescos, mas também deve ser obedecida. Dependendo do tipo de alimento e do tamanho da porção, a validade pode variar de de 3 meses a um ano.

- A variedade disponível ainda é pequena e consumir somente produtos congelados não vai garantir a ingestão de todas as vitaminas e minerais importantes.

- Verduras, legumes e frutas podem ser levemente descongeladas e servidas geladas.

Fonte iG

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