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segunda-feira, 12 de março de 2012

Malhar reduz risco cardíaco para gordinhos fisicamente ativos

Emagrecer traz benefícios óbvios à saúde, mas gordinhos fisicamente ativos também têm boas chances de evitar os problemas cardiovasculares normalmente associados ao excesso de peso.

A boa notícia está em pesquisa no "Journal of the American College of Cardiology". Se os dados levantados no estudo estiverem corretos, eles ajudarão a esclarecer uma dúvida que ainda divide os especialistas.

A questão é saber até que ponto um estilo de vida ativo é capaz de proteger alguém dos problemas de saúde ligados à obesidade.

Alguns trabalhos indicavam que o exercício poderia praticamente eliminar esses riscos, enquanto outros diziam que o excesso de peso é o fator preponderante, mesmo se a pessoa se esforça para não ser sedentária.

Parte da dúvida parece estar ligada ao fato de que a maioria desses estudos levava em conta a saúde cardiovascular dos pacientes em um único ponto do tempo. Ficava difícil saber como os efeitos do exercício e do peso afetavam o organismo das pessoas a longo prazo.

Para preencher essa lacuna, uma equipe da Universidade da Carolina do Sul, liderada por Duck-Chul Lee, obteve os registros médicos de mais de 3.000 pacientes (em geral, na casa dos 40 anos) da clínica Cooper, no Texas.

Esses pacientes faziam check-ups na clínica, com intervalos de dois ou três anos entre cada avaliação médica. Na maior parte dos casos, os pesquisadores conseguiram avaliar o estado de saúde dos pacientes ao longo de três check-ups consecutivos.

Editoria de arte/Folhapress

Síndrome
O objetivo era verificar como e quando os membros do grupo desenvolviam a chamada síndrome metabólica, um conjunto de características (como pressão alta e triglicérides em nível elevado) diretamente ligado ao surgimento de doenças do coração e diabetes, por exemplo.

Lee e companhia verificaram que pouco mudava do primeiro check-up para o segundo. A maioria dos pacientes ganhou peso, mas nenhum desenvolveu a temida síndrome metabólica.

Do segundo para o terceiro check-up, o problema apareceu no grupo testado. Quem tinha se exercitado menos e ganhado peso, obviamente, tinha risco aumentado (71%) de ter a síndrome.

Contudo, quem engordava mas continuava fisicamente ativo corria risco 22% menor do que o grupo dos gordinhos inativos. E não era preciso melhorar o condicionamento físico nesse período. Bastava mantê-lo para ter alguma proteção.

"Existe uma tendência de ressaltar a necessidade de perder peso, mas emagrecer em geral é difícil. Manter-se ativo é tão importante quanto perder peso e é uma meta mais fácil de atingir", diz Lee.

Fonte Folhaonline

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