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A actividade gripal está numa fase crescente, apesar do aumento da temperatura dos últimos dias |
A gripe atingiu o valor máximo alguma vez registado em Portugal. A epidemia, que está associada ao excesso de 2100 mortes verificadas nas últimas cinco semanas (em comparação com as mortes verificadas nas mesmas cinco semanas de 2011), deverá atingir esta semana valores ainda mais elevados, pois o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge informa que a progressão da doença apresenta uma "tendência crescente".
Na última semana, a incidência da doença atingiu 164,8 casos por cada cem mil habitantes (cerca de 16 500 doentes). Desde que, em 1990, a Rede Médicos-Sentinela iniciou a vigilância epidemiológica, o valor mais alto que se verificou cifrava-se em 163 casos por cem mil habitantes, em Fevereiro de 2005.
Na Europa, só a Grécia apresenta uma intensidade da doença mais elevada que em Portugal, revelam os últimos dados da Organização Mundial da Saúde.
A propagação da gripe não obriga, contudo, a um reforço das medidas de saúde, depois de a Direcção-Geral de Saúde ter emitido, a 10 de Fevereiro, um conjunto de alertas para os hospitais e centros de saúde. Entre as recomendações figuram a necessidade de lavagem das mãos com frequência, manter a distância de um metro de um doente e evitar os cumprimentos com abraços, beijos ou apertos de mão. Francisco George, director-geral de Saúde, disse ao CM que apesar de haver uma alta actividade gripal, os últimos indicadores apontam para que a doença tenha entrado numa fase descendente. Acrescenta o responsável que não há ainda certezas que o aumento de casos de gripe resulte de uma mutação do vírus. Francisco George aponta, contudo, para uma necessidade de haver maior vacinação, sobretudo dos mais idosos. Este ano, o vírus predominante da gripe é o H3N2. A população idosa é mais sensível a este tipo de gripe.
Fonte Correio da Manhã
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