Em paralelo ao aumento da demanda, a obrigatoriedade das acreditações e a capacitação dos profissionais são aspectos fundamentais para o avanço da qualidade
Os processos que avaliam as boas práticas de gestão das instituições de saúde ganharam importância há pouco mais de uma década no Brasil. A Organização Nacional de Acreditação (ONA), por exemplo, foi criada em 1999 com a pretensão de fornecer, além de um manual de orientação, sistemas de gerenciamento de desempenho.
Desde então, a conscientização do mercado em relação às acreditações tem avançado, mesmo com a não obrigatoriedade das acreditações. Dos 299 empresas de saúde certificados pela ONA, 156 são hospitais, o equivalente a 25.700 leitos – quase 10% dos leitos clínicos e cirúrgicos do País. O número ainda é incipiente, tendo em vista os mais de 300 mil estabelecimentos de saúde existentes, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Para o coordenador técnico da ONA, Péricles Góes da Cruz, existem alguns aspectos que impulsionarão a maior abrangência das certificações no setor. São eles: políticas que sinalizem a acreditação como estratégia básica dos prestadores e atendimento da crescente demanda em paralelo com a capacitação dos profissionais.
“O ideal seria a extinção da ONA nível 1, e que a ONA nível 2 virasse a de nível 3, e assim em diante. Mas isso só acontecerá com uma mudança de cultura”, afirma o coordenador técnico da ONA, Péricles Góes da Cruz, durante o Encontro Nacional Unimed de Recursos e Serviços Próprios, nesta quinta-feira (19).
De acordo com Cruz, um dos benefícios mais significativos da acreditação para os hospitais e laboratórios está atrelado ao aumento de lucro. “Já escutei gestores me dizerem que o faturamento do hospital continuou exatamente o mesmo, mas o lucro aumento consideravelmente depois de uma acreditação”, ressalta.
Fonte SaudeWeb
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