Tamanho das telas gera dificuldade de leitura, diz oftalmologista |
Esforço visual para navegar em celulares e tablets podem gerar vista cansada antes dos 40 anos
As novas tecnologias estão cada vez mais difundidas entre a população. Em um ano, cresceu de 23,6 milhões para 47,2 milhões o número de acessos à internet móvel através de celulares, tablets, netbooks ou palms, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).
Porém, esse uso irrestrito pode estar antecipando a vista cansada ou presbiopia. O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, acompanhou durante dois anos 86 pacientes, com idades de 32 a 37 anos, que utilizavam a internet móvel por até quatro horas por dia. O médico constatou que 15% do grupo apresentou vista cansada aos 37 e 38 anos, quando o comum seria após os 40.
— O principal motivo é o tamanho das telas, que faz as pessoas aproximarem mais os equipamentos dos olhos do que costumam fazer com textos impressos — explica Queiroz.
O médico recomenda que, ao utilizar tais aparelhos, a pessoa deva aumentar o tamanho das letras, olhar para o horizonte a cada 20 minutos de navegação e evitar o seu uso em locais mal iluminados.
Principais sintomas
A vista cansada é a dificuldade de enxergar de perto, decorrente do envelhecimento ocular. No país, 50 milhões de pessoas têm o problema, mas estima-se que 58% desse total não saiba identificá-la, convivendo com dificuldades corriqueiras no dia-a-dia. Por isso, o especialista alerta:
— Os principais sintomas de vista cansada são a dificuldade para ler bulas, livros, jornais, aplicar maquiagem, se barbear ou não enxergar bem os textos no computador.
Queiroz afirma que a correção da vista cansada pode ser feita através de óculos para quem não tem outro problema, ou com lentes de refração e multifocais para quem tem miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Pode-se também fazer cirurgias, mas até os 60 anos a vista cansada tende a progredir, assim, somente depois dessa idade o uso do óculos pode ser dispensado realmente em 95% dos casos.
Fonte Zero Hora
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