Ele perdeu 40 quilos e virou triatleta |
O analista de sistemas Paulo Eustáquio chegou a pesar 130 quilos. Com exercício físico e dieta, emagreceu e descobriu o triatlo
Paulo Eustáquio França Júnior, de 38 anos, se tornou exemplo. No trabalho, na academia, no consultório do nutricionista, ninguém acredita que ele é a mesma pessoa da foto de dois anos atrás, que ele faz questão de manter no celular.
Não foi apenas a imagem de Paulo que mudou. Sua forma de encarar a vida também. Primeiro, o mineiro que cresceu em Brasília reaprendeu a comer. Depois, descobriu o prazer dado pelo exercício físico. “Viciou-se” em corrida e agora se prepara para encarar o primeiro triatlo.
Paulo conta que foi magro até a época da faculdade. A vida boêmia com os amigos e a dieta nada saudável fizeram com que o ponteiro da balança começasse a subir vertiginosamente depois dos 22 anos. Aos 28, havia chegado aos 100 kg. Aos 36, chegou a pesar 130 kg.
Foi aí que Paulo decidiu mudar de vida. Com a mãe diabética e o pai hipertenso, o analista de sistemas começou a ter medo do futuro. Decidiu reagir.
“Sempre gostei de fazer atividade física, mas estava parado. Em 2010, coloquei como resolução de ano-novo emagrecer”, diz.
Chegou à academia e disse ao instrutor que queria perder peso. Ele indicou um nutricionista, que multiplicou o número de refeições diárias de Paulo – que fazia apenas três refeições com muita comida cada.
“O engraçado é que não foi um choque. Bastava mudar hábitos”, recorda.
Frutas e vegetais tomaram conta do cardápio, antes “repleto de besteiras”. As baladas foram suspensas e deram lugar ao descanso. Na esteira, ele começou a gostar de correr.
“Segui tudo à risca. Dieta, exercícios, descanso. O mais difícil foi deixar de sair com os amigos”, conta.
Em um mês, Paulo havia perdido 10 quilos. Depois, continuou perdendo seis ou sete quilos a cada mês, até chegar aos 83 kg. As pequenas corridas na esteira deram lugar a uma paixão por corridas de rua.
“É um vício. A gente começa a se sentir bem e não quer parar”, brinca.
Maratonas
Hoje, com 85 kg e 8% de gordura corporal, Paulo pode se considerar um atleta. As corridas se tornaram hábito. Em janeiro, participou de uma maratona no deserto do Atacama, no Chile. Ficou emocionado por completar os 42 km do percurso em quatro horas e 45 minutos.
“É uma sensação boa demais. Para mim, olhar para minhas fotos gordinho no celular – eu deixo umas aqui – representa uma vitória para mim. Hoje vejo que qualquer um consegue emagrecer. O mais difícil não é perder peso, mas manter-se magro”, ressalta.
A autoestima de Paulo também mudou. Quando emagreceu os primeiros 20 quilos, ele começou a namorar. Está até hoje com ela, que acabou sendo incentivada a correr por ele também.
“Aquela vida que eu levava era uma fuga mesmo. Comia por ansiedade”, admite.
O nutricionista de Paulo, que á triatleta, o incentivou a encarar outro desafio agora. No mês que vem, Paulo participará de seu primeiro triatlo. Para isso, ele treina todos os dias. Descanso só no sábado ou no domingo.
“Aí pode tudo: cinema, pipoca, comida liberada”, diz.
Paulo Eustáquio afirma que se emociona quando se torna exemplo para as pessoas. “Uns três colegas já emagreceram o mesmo tanto que eu com mudanças de hábitos. Isso pra mim é muito legal. Muita gente acha que fiz cirurgia para conseguir esse resultado, mas eu não fiz”, conta.
Fonte iG
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