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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nos EUA, bebês já nascem com abstinência de drogas

Aileen Dannelley e sua filha Savannah, em tratamento contra a dependência de drogas
Aileen Dannelley e sua filha Savannah, em
 tratamento contra a dependência de drogas
Savannah Dannelley faz careta enquanto uma enfermeira espirra uma dose de metadona em sua boca. A recém-nascida sofre com a abstinência da droga e é tratada da mesma forma como sua mãe, viciada em analgésicos derivados de ópio.

Uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association" afirma que o número de bebês nos EUA com sinais de abstinência de opiáceos triplicou entre 2000 e 2009, devido ao aumento do consumo de narcóticos ilegais, como a heroína, e legais, como analgésicos com opiáceos.

Nesse período, o número de recém-nascidos com sintomas de abstinência cresceu de um para três a cada mil bebês. Em 2009, mais de 13 mil crianças foram afetadas. Os bebês apresentam problemas como espasmos durante o sono, diarreia e problemas respiratórios

Pesquisadores apontam que a dependência pode causar atraso no desenvolvimento durante a infância.

Para Mark Brown, do Centro Médico de Maine Oriental, tomar pequenas doses de metadona na gravidez é mais seguro do que fazer um corte abrupto no uso de opiáceos.

Carl Hart, da Universidade Columbia, teme que o estudo estigmatize mulheres grávidas que estejam fazendo a coisa certa ao ingerir metadona para se livrar do vício.

A mãe de Savannah ainda era usuária no início da gravidez, mas decidiu parar em dezembro. A menina, com um mês de vida, ainda está hospitalizada.

Fonte Folhaonline

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