Decisão segue a tendência já percebida pelas concorrentes globais. Tanto a GE como a Siemens Healthcare expandiram seus negócios no ramo de equipamentos hospitalares no Brasil
A Toshiba Medical, braço de equipamentos hospitalares do grupo japonês, vai inaugurar uma fábrica de aparelhos de diagnóstico por imagem em Campinas (SP) até o fim deste ano. O objetivo da empresa é também desenvolver localmente softwares complementares aos equipamentos. Será uma mudança no modelo de negócio no País, que hoje se resume a uma estrutura comercial e é totalmente baseado em importações. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
O valor do investimento não foi revelado pelo grupo japonês. Inicialmente, por causa das limitações de fornecimento de componentes locais, a tendência é que o índice de nacionalização da unidade seja baixo. A produção local de equipamentos de ultrassom e raio X não deverá se concentrar em produtos de última geração, já que a demanda brasileira, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), ainda é maior para máquinas de diagnósticos básicos.
O braço de tecnologia para a área médica da Toshiba surgiu a partir de uma empresa fundada nos anos 1930. O grupo incorporou o negócio em 1948.
Tendência
A decisão da Toshiba pela fabricação local segue uma tendência já percebida por concorrentes globais na área de cuidados com a saúde. A GE inaugurou uma unidade de produção de raio X e ultrassom na cidade de Contagem (MG), em 2010. O investimento previsto pelo braço de cuidados com a saúde da GE para a unidade é de US$ 50 milhões em dez anos. A empresa também trabalha na nacionalização dos equipamentos de outras unidades de montagem que possui no Brasil.
A Siemens Healthcare, subsidiária da multinacional alemã, também expandiu sua atuação no ramo de equipamentos hospitalares no País. No ano passado, anunciou a instalação uma linha de montagem, também dedicada à área de diagnóstico por imagem, em Joinville (SC), onde já tem um centro de distribuição dedicado ao segmento.
O mercado brasileiro de equipamentos para a saúde, que ainda se concentra em instrumentos, acessórios e aparelhos de baixa tecnologia, cresceu 17% no ano passado, chegando perto da marca de R$ 10 bilhões de faturamento, de acordo com informações da Abimo, associação que congrega fabricantes de equipamentos médicos, odontológicos e hospitalares no País.
A expectativa dos fabricantes é atender à necessária renovação das instalações dos hospitais públicos. ‘O Brasil tem cerca de 5 mil mamógrafos em instituições públicas. Praticamente mais da metade já tem mais de dez anos de uso. Sem dúvida, existe uma demanda reprimida’, diz o vice-presidente da Abimo, Paulo Henrique Fraccaro.
Fonte SaudeWeb
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