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quarta-feira, 25 de julho de 2012

MSF alerta para falta de apoio a países africanos no combate à Aids

Número de pessoas iniciadas em tratamento contra o HIV terá que dobrar para que meta global seja atingida até 2015

Dados recentes das Nações Unidas que apontam avanços na luta contra HIV/Aids geram otimismo para a 19ª Conferência Internacional de Aids (Aids 2012), em Washington (EUA). Entretanto, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta que, para os países mais afetados pela pandemia, tratar um número suficiente de pacientes e implementar os melhores métodos científicos e estratégias para lutar contra a doença ainda é uma batalha.

Enquanto líderes e cientistas preparam-se para discutir iniciativas inovadoras para intensificar o tratamento a um nível que potencialmente acabe com a epidemia, 7 milhões de pessoas ainda precisam de acesso urgente ao tratamento antirretroviral (ARV). Segundo a MSF, o número de pessoas iniciando tratamento, que no ano passado foi de 1,4 milhão, terá que dobrar até 2015 para que a meta global de 15 milhões seja alcançada.

Enquanto isso, segundo a organização, o discurso internacional está tendendo cada vez mais a apelar para que os governos africanos encontrem soluções domésticas para lidar com a emergência de HIV.

"Seria um ultraje pressupor que os governos africanos possam combater essa emergência sozinhos, considerando seus limitados recursos. Isso é apenas uma desculpa cínica para que os doadores possam voltar atrás nos compromissos assumidos anteriormente no sentido de colocar um fim a essa doença. As consequências para os pacientes serão catastróficas", disse o conselheiro de HIV/Aids da MSF para a região sul da África, Eric Goemaere.

Na República Democrática do Congo (RDC), menos de 15% dos pacientes que precisam de tratamento ARV o recebem, 11% das instalações oferecem tratamento e menos de 6% das mães soropositivo têm acesso aos medicamentos para prevenir a infecção de seus filhos.

Ainda conforme a entidade, muitos governos têm dado passos importantes na luta contra a pandemia de HIV. Zimbábue e Malaui conseguiram avanço na ampliação dos programas de tratamento nos últimos anos. Malaui foi o primeiro país na África a implementar protocolos para prevenção da transmissão da doença de mães para filhos, que prevêem tratamento de gestantes soropositivas e lactantes por toda a vida. Moçambique recentemente recomendou protocolo semelhante, prescrevendo tratamentos de primeira linha melhores e monitorando o progresso do tratamento com o uso de testes de carga viral.

Mas os planos para investir em tratamento e melhorar sua qualidade correm o risco de serem inteiramente descartados com a estagnação do apoio internacional, à medida que doadores ignoram compromissos anteriores. Importantes instituições na luta contra a pandemia, como o Fundo Global, estão enfrentando enorme escassez de recursos devido à diminuição do interesse dos doadores.

Fonte isaude.net

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