Pessoas idosas livres de demência e que têm altos níveis de substâncias associadas à processos inflamatórios – a chamadas proteínas C-reativas – podem ser um boa notícia para seus parentes mais jovens: um estudo recente aponta que isso é indicativo de que a família tem riscos pequenos para a condição.
É o que diz um estudo publicado no periódico Neurology e que analisou dos dados de mais de 270 idosos e suas famílias (aproximadamente 37 núcleos familiares com mais de 1.500 indivíduos adultos). Até então a condição não tinha marcadores claros que possibilitassem predizer a incidência da demência dentro do núcleo familiar.
“Por motivos diversos e ainda não conclusivos, idosos com boa cognição e altos níveis da proteína C-reativa – associada à inflamações no organismo – têm boa memória e baixa incidência de demência”, explica Jeremy Silverman, do Hospital Escola Monte Sinai, nos EUA. “Nosso resultados apontam que esse quadro também é associado a um menor risco do desenvolvimento de demência nos parentes de primeiro grau”, completa.
Os autores apontam que altos níveis de C-reativa diminuem em até 30% o risco do desenvolvimento de demência nos parentes próximos (um número expressivo em se tratando da condição). O aumento desse tipo de proteína está relacionado, com base em estudos anteriores, a um maior tempo de escolaridade, relacionamentos românticos estáveis, lidar bem com o estresse do trabalho, ter uma rotina de atividades físicas. Mas apenas esses itens, sozinhos, não estão relacionados diretamente a um menor risco da demência na idade avançada.
“Essa proteína está relacionada com uma pior cognição em idosos. Mas para indivíduos na fase da velhice e com a cognição estável a proteína é um indicativo positivo para eles e para sua família, por razões que somente pesquisas posteriores poderão nos dizer”, finaliza Silverman.
Fonte O que eu tenho
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