Especialista gaúcho que participou da atualização de condutas médicas comenta as orientações
A artrite reumatoide é caracterizada por inflamação nas articulações ou juntas, mas outros órgãos também podem ser afetados, como os pulmões, olhos e vasos sanguíneos.
De acordo com o médico Claiton Brenol, gestor do Serviço de Reumatologia do Hospital Mãe de Deus e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a inflamação persistente das articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades, limitações para o trabalho e para as atividades da vida diária.
— Além dessas consequências no sistema musculoesquelético, outras doenças são comuns nesses pacientes, como problemas na tireoide, osteosporose, colesterol elevado e doenças cardíacas — afirma Brenol.
Por sua larga experiência na coordenação do ambulatório de artrite reumatoide do Hospital de Clinicas de Porto Alegre, o Brenol foi convidado para elaborar, juntamente com outros membros da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), recomendações atualizadas sobre o diagnóstico e tratamento das comorbidades (doenças associadas) da artrite reumatoide a fim de instruir os médicos brasileiros, especialmente reumatologistas.
O especialista comenta que essas recomendações são importantes para o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença.
— Poderão melhorar os resultados clínicos, permitir o gerenciamento das comorbidades, diminuir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida desses pacientes — diz o médico.
Confira as novas orientações, publicadas na Revista Brasileira de Reumatologia:
:: Evitar doses elevadas de corticoides por períodos prolongados.
:: Análise regular de densitometria deve ser efetuada em pacientes com mais de 50 anos e mais jovens em corticoterpia em dose maior que 7,5 mg de prednisone por mais de três meses.
:: Pacientes devem ser instruídos a evitar quedas, aumentar a ingestão de cálcio e exposição ao sol, e praticar exercícios físicos com frequência.
:: Acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com a participação ativa de um reumatologista, é recomendado para o tratamento e monitoramento das comorbidades.
Fonte Zero Hora
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