Estudo pode oferecer pistas sobre a natureza do melanoma, que surge como um tumor maligno nos melanócitos que produzem o pigmento
Pesquisadores da Universidade de Strathclyde, na Escócia, mapearam a estrutura da melanina e deram um passo significativo no sentido de identificar a estrutura de defesa natural da pele contra os raios solares.
A descoberta pode aumentar a compreensão das causas do câncer de pele e levar a novos tratamentos contra a doença.
A composição de melanina, pigmento de pequenas moléculas encontradas no cabelo, olhos e cérebro, bem como a pele, tinha sido estabelecida, mas não era ainda conhecido como elas estão dispostas.
Agora, os pesquisadores descobriram novas indicações de melanina sendo posicionada em uma estrutura semelhante ao grafite. O estudo pode oferecer pistas sobre a natureza do melanoma, forma mais virulenta do câncer de pele, que aparece como um tumor maligno nas células dos melanócitos, onde a melanina é produzida.
"Melaninas são onipresentes no corpo humano e funcionam como um protetor solar natural, mas, ao mesmo tempo em que oferecem proteção contra os raios ultravioleta, elas também produzem moléculas de radicais livres. Estas são altamente reativas e podem matar células, levando ao câncer, e por isso é essencial entender mais sobre como funciona a melanina", explica o pesquisador David Birch.
Segundo os pesquisadores, embora a estrutura não seja totalmente conhecida, fomos capazes de descobrir que ela é montada em uma forma de folha empilhada. A estrutura detalhada ainda está para ser confirmada, mas isso dá uma indicação importante da formação da melanina em uma direção até então inexplorada. "Iremos explorar mais este achado e esperamos ganhar mais uma visão sobre como o melanoma ocorre", ressalta Birch.
De acordo com dados Cancer Research UK, cerca de 12.800 casos de melanoma maligno foram diagnosticados no Reino Unido em 2010, quando havia cerca de 200 mil novos casos em todo o mundo em 2008. Mais de um terço dos casos diagnosticados no Reino Unido são em pessoas com idade inferior a 55 anos. As taxas de sobrevivência para o melanoma têm aumentado nas últimas décadas, mas a doença ainda causa cerca de 46 mil mortes no mundo em 2008.
Fonte isaude.net
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