Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Unifesp vai estudar síndrome de paciente que tomou Novalgina

Em parceria com uma universidade japonesa, a Unifesp se prepara para estudar o perfil genético de pessoas que tiveram a síndrome de Stevens Johnson e, assim, mapear gatilhos para o desenvolvimento da doença.

A síndrome é uma reação imunológica aguda, em grande parte desencadeada por medicamentos (mais de cem já foram relacionados) ou infecções. Provoca graves bolhas e queimaduras na pele e em mucosas, principalmente na boca, olhos e genitais.

Matéria da Folha da semana passada mostrou que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que o fabricante da Novalgina pagasse R$ 1 milhão em indenização à paciente Magnólia Almeida, por entender que ela teve essa síndrome a partir do remédio. O laboratório vai recorrer.

Segundo José Álvaro Pereira Gomes, professor do departamento de oftalmologia da Unifesp e um dos médicos de Magnólia, ainda não se sabe o que leva uma pessoa a desencadear a síndrome --às vezes, a partir de um remédio usado com frequência. Estudos internacionais, diz, indicam que a predisposição pode estar no DNA da pessoa.

"Algumas pessoas podem ser mais predispostas a desenvolver essa reação, mas a gente não consegue saber ainda. Se soubermos o perfil imunológico antes, a gente vai conseguir dizer: esse tipo de paciente não deve tomar esse tipo de medicação."

No ambulatório de oftalmologia da Unifesp, são acompanhados cerca de 50 pacientes que tiveram a síndrome no passado e, hoje, têm complicações nos olhos decorrentes da doença, como falta de lubrificação, cílios virados para dentro e lesões no globo ocular.

Questionário aplicado no ambulatório sobre a qualidade de vida de quem teve a síndrome mostrou que ela é parecida com a dos pacientes com HIV, afirmou Gomes. "Eles sentem dor, não enxergam, a maior parte é de jovens --há pacientes que são crianças. E ficam totalmente debilitados."

Editoria de arte/folhapress

Fonte Folhaonline

Nenhum comentário:

Postar um comentário