Hiperatividade traz prejuízos no período escolar da criança. Casos não devem ser confundidos com simples agitação
Levantamento do Programa de Atendimento de Hiperatividade do Hospital das Clínicas da Universidade de Sâo Paulo (USP) mostra que 90% das crianças atendidas no ambulatório da unidade são meninos na idade escolar, dos seis aos 17 anos. A hiperatividade traz prejuízos, principalmente, no período escolar da criança, e não deve ser confundida com a simples agitação ou eventuais casos de bagunça.
O psiquiatra e coordenador do programa, Enio Andrade, explica que, devido à presença de outras crianças na sala de aula, os sintomas são mais facilmente percebidos nesses ambientes.
" Os professores são os primeiros a perceber que aquela criança não é apenas bagunceira. Os pais precisam ouvi-las com mais atenção" , afirma.
As crianças podem apresentar esporadicamente as características citadas acima, sem que isso signifique uma patologia. Para ser de fato hiperatividade, que precisa ser diagnosticada por um profissional, os sintomas têm que ser constantes, estarem presentes em ambientes diversos e com uma duração mínima de seis meses.
Quanto mais cedo a hiperatividade for diagnosticada, menos prejuízo a criança terá. O mais indicado para o tratamento é acompanhamento com psiquiatra e com um grupo multidisciplinar. Para isso os pais precisam esquecer o preconceito contra essa ciência.
" Alguns pais acham que só loucos frequentam psiquiatras e quando um professor sugere essa visita, eles podem achar que a culpa é do docente. Chegam a mudar o filho de escola até perceberem o real problema" , afirma Andrade.
O tratamento normalmente é feito com medicamentos para estimular o controle de atenção. Isso porque o hiperativo presta atenção em tudo ao mesmo tempo e não mantém o foco, o que prejudica, principalmente, o aprendizado. Cerca de 80% das crianças atendidas no Programa de Atendimento Hiperatividade do HC apresentam melhoras ao longo do tratamento.
Fonte isaude.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário