Na segunda-feira, 30 mil doses de vacina chegaram à Coordenadoria Regional de Saúde, em Caxias do Sul Foto: Maicon Damasceno / Agencia RBS |
Frequência de casos e óbitos por gripe A diminui no Rio Grande do Sul
As autoridades do setor de saúde no Rio Grande do Sul estão otimistas. Entre 26 de julho e segunda-feira, apenas uma nova morte por gripe A foi confirmada no Estado. É a 48ª vítima, um bebê de três meses nascido em Pelotas, que não tinha sido vacinado e morreu dia 22.
A confirmação só surgiu agora e novos episódios fatídicos podem surgir, mas o otimismo está baseado num fato: o ritmo de casos e também de mortes vem caindo. O número de mortes causadas pelo vírus H1N1, que foi de 12 na semana entre 1 e 7 de julho, agora caiu para uma.
O número de casos comprovados de gripe A, que naquela semana inicial do mês foi de 83, caiu agora para seis casos na última semana. As estatísticas oficiais registram, na realidade, 43 novos casos de gripe A desde o último boletim disparado pela secretaria, mas a contaminação ocorreu semanas atrás — embora a comprovação da presença do vírus nas vítimas só tenha vindo agora.
— É certo que a gripe A está em curva descendente. Mesmo assim, não vamos abrir a guarda. Chegaram novas vacinas e vamos inocular todas as pessoas que estiverem nos municípios prioritários e mais atingidos pela gripe — comenta o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni.
A opinião de Simoni é compartilhada por um dos maiores especialistas gaúchos no assunto, o médico Luciano Goldani, infectologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Ele considera que a propagação do vírus H1N1 está mesmo em declínio, até por não encontrar hospedeiros tão facilmente. O médico ressalta que a vacinação tem sido maciça nos últimos quatro anos e, além disso, algumas pessoas se imunizaram por terem já desenvolvido a gripe A, em invernos anteriores.
Fim do inverno ajuda a diminuir propagação do H1N1
Quem já sofreu com o vírus fica com algum tipo de imunização. Outros se vacinaram. A realidade é que muita gente esperava uma epidemia como a de 2009, mas não será assim. E o inverno ruma para o fim, o que vai ajudar a diminuir a propagação do vírus. O cenário é positivo, sem dúvida — conclui Goldani.
Na tabela da evolução da gripe A divulgada pela Secretaria Estadual da Saúde, as mortes estão computadas na mesma semana do início dos sintomas da doença — por isso, não há nenhum registro de mortes nas duas últimas semanas.
Uma nova chance de imunização
Chegaram na segunda-feira ao Rio Grande do Sul mais 200 mil vacinas contra a gripe remanejadas de outros Estados pelo Ministério da Saúde. A expectativa é de que até o meio da semana as vacinas estejam à disposição da população.
A Secretaria Estadual da Saúde distribuiu doses às coordenadorias regionais, que irão repassar as vacinas aos municípios. Diferentemente do que ocorreu com os lotes anteriores, a estratégia agora é contemplar regiões que não receberam novas doses nos repasses anteriores. Assim, Porto Alegre, Cruz Alta e Santo Ângelo ficam de fora da distribuição desta remessa.
Na segunda à tarde, 30 mil doses chegaram à 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, em Caxias do Sul. As unidades devem ser repassadas até quarta-feira aos 48 municípios de abrangência da coordenadoria.
— Aguardamos retorno das cidades sobre suas necessidades para decidir quantas doses serão encaminhadas para cada. Todas receberão as unidades, a menos que abram mão — explica a coordenadora Solange Sonda.
Cabe às prefeituras de cada município decidir se a imunização estará aberta ao público em geral ou somente para os grupos de risco. A orientação da 5ª Coordenadoria é vacinar somente os grupos mais suscetíveis à doença.
Principais sintomas da gripe A:
- Tosse e espirros
- Fortes dores no corpo, na cabeça e na garganta
- Febre alta,acima de 38°C
- Pode haver náuseas, vômitos e diarreia
- Falta de ar
Para prevenir a contaminação, é aconselhado:
- Higienizar as mãos com frequência, principalmente após tossir ou espirrar
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
- Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal
- Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social
- Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração
- Ventilar os ambientes
Fonte Zero Hora
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