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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Anéis vaginais anti-HIV podem prevenir transmissão da doença

Estudo com ratos indica o potencial para o uso bem sucedido dos anéis com antirretrovirais em mulheres

Cientistas da organização Population Council, nos EUA, descobriram que um anel vaginal que libera um medicamento anti-HIV pode prevenir a transmissão do vírus SHIV que combina genes HIV e SIV, nos macacos.

O estudo forneceu os primeiros dados da eficácia na disseminação de um microbicida a partir de um anel vaginal, indicando um grande potencial para o sucesso dele em mulheres.

Microbicidas são compostos que podem ser aplicados dentro da vagina ou reto para proteger contra doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo o HIV.

"Este estudo confirma que o investimento em anéis vaginais como um sistema de entrega para a prevenção do HIV está valendo a pena. Nossos resultados mostram que os anéis podem oferecer uma droga anti-HIV para impedir a infecção", afirma Naomi Rutenberg, vice-presidente e diretora de HIV do Conselho de População e Programa de Aids.

Os cientistas examinaram se os anéis contendo MIV-150, uma classe de antirretrovirais, podem evitar a transmissão de vírus de imunodeficiência. Os macacos receberam ou anéis vaginais com MIV-150 ou com placebo, e então foram expostos a uma dose do SHIV.

Os macacos receberam anéis vaginais contendo MIV-150 feitos de etileno acetato de vinila (EVA) ou duas semanas ou 24 horas antes da exposição ao SHIV. Os anéis foram removidos ou imediatamente antes ou duas semanas após a exposição. O momento da inserção do anel em relação à exposição ao vírus variou com o objetivo de testar qual forneceria uma maior proteção: a presença contínua da droga no tecido ao longo do tempo, ou uma taxa elevada de liberação do fármaco.

"Nós ficamos surpresos que os anéis tivessem que permanecer no local após a exposição para serem eficazes. Em estudos anteriores com um gel contendo MIV-150 e outra droga, nós verificamos que o gel fornecia proteção quando aplicado 24 horas antes da exposição, mas era menos eficaz quando aplicado apenas depois. Acreditamos que o anel utilizado nesse precisaria estar presente apenas antes. Descobrimos que é essencial que o anel permaneça após a exposição ao vírus", afirma o coautor sênior da pesquisa Tom Zydowsky.

Segundo os pesquisadores, o sistema de entrega por anel vaginal pode abordar um obstáculo que tem impedido alguns microbicidas candidatos em forma de gel: garantir que os usuários sigam regime de dosagem recomendada. Com um anel, as mulheres não tem que se lembrar de utilizar o produto, numa base diária ou coito-dependente.

Fonte isaude.net

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