O Ministério da Saúde enviou para publicação em Diário da República uma portaria que cria o Centro Hospitalar do Oeste, extinguindo os atuais centros hospitalares Torres Vedras e Caldas da Rainha, revelou hoje fonte do gabinete do ministro.
O texto da portaria, a que a Lusa teve acesso, estipula que o novo Centro Hospitalar do Oeste (CHO) terá sede nas Caldas da Rainha, não indicando os elementos que compõem a futura administração.
A fusão dos dois centros hospitalares resulta de uma proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) com vista à reorganização dos cuidados de saúde na região oeste de Lisboa.
A ARSLVT propunha a repartição de valências entre os vários hospitais que vão integrar o novo Centro Hospitalar. A portaria não define quais as valências que ficarão em cada hospital, referindo apenas que se pretende a "centralização e fusão dos serviços administrativos e de apoio às áreas clínicas, a concentração de especialidades médicas e cirúrgicas e a racionalização dos custos".
O documento refere a necessidade de concentrar serviços, recorrendo a "medidas de reorganização hospitalar que permitam uma maior rentabilidade e eficiência na prestação de cuidados de saúde à população e uma maior sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde".
Com esta fusão, prevê-se uma redução da despesa pública até aos 20 milhões de euros.
Questionada pela Lusa, a ARSLVT assegurou que "não haverá dispensa de trabalhadores" dos quadros hospitalares, uma vez que "não se prevê uma redução de serviços, mas sim a sua reorganização".
A fusão das administrações hospitalares numa única consta da reestruturação prevista para esta região, cujas restantes medidas vão ser implementadas pela nova administração, "no prazo que se revelar necessário", esclarece a ARSLVT.
A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange 176 mil habitantes dos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras, que serve 172 mil residentes do Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
Fonte RTP
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