
Os resultados da pesquisa foram apresentados no encontro anual da Asco (American Society of Clinical Oncology), em Chicago, EUA.
Os autores afirmam que o câncer tem uma habilidade vantajosa de se esconder do sistema imunológico, explorando mecanismos do organismo que foram desenvolvidos contra a autoimunidade.
A nova droga, batizada por enquanto de BMS-936558, foi então desenvolvida para impedir essa manobra das células tumorais.
Os pacientes do estudo receberam injeções de um anticorpo que tem como alvo uma proteína chamada PD-1, responsável por inibir a resposta imune do corpo contra o câncer. Ao bloquear essa via de ação, o medicamento pode então reativar uma ação do organismo contra as células tumorais.
Participaram da primeira fase do estudo 296 pacientes com diversos tipos de câncer, incluindo de próstata e colorretal, que tinham tido piora com as terapias tradicionais.
Mas as respostas foram observadas em quem tinha melanoma avançado (28% dos pacientes), câncer renal (27%) e câncer de pulmão de células não pequenas (18%), que, em geral, não respondem a imunoterapias.
"Os resultados impressionam. A droga foi muito bem tolerada e pode ter seu uso estendido para vários outros tumores", afirma Fernando Maluf, oncologista do Hospital São José que participa do encontro da Asco e não esteve envolvido no estudo.
Marcador
Outra análise dos dados da pesquisa, também publicada no "New England Journal of Medicine", sugere um biomarcador para células tumorais: uma proteína chamada PDL-1, que pode ajudar a prever quais pacientes responderão à nova droga.
Os pesquisadores analisaram amostras dos tumores de 42 pacientes antes do tratamento com o BMS-9366558 para observar a expressão da proteína PDL-1.
Depois de analisar os resultados do estudo com a droga, eles notaram que um terço dos pacientes com tumores positivos para a proteína responderam ao medicamento, enquanto que nenhum dos que se mostraram negativos tiveram alguma resposta à droga.
Fonte Folhaonline
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