É preciso aumentar a fiscalização de motoristas que bebem antes de dirigir e apertar a punição dos infratores que cometem crimes ao volante.
A opinião é do médico Edilson Forlin, coordenador de Ações Institucionais da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), que lança em São Paulo, na terça-feira (25), Dia Nacional do Trânsito, a campanha Álcool e Direção, uma mistura que não combina.
O álcool é um dos principais causadores de acidentes no País, diz o especialista. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados pela SBOT, metade das mortes em acidentes está relacionada ao uso do álcool. É preciso fiscalizar e punir os infratores com rigor, afirma Forlin.
Segundo o médico, os acidentes de trânsito consomem quase 2% do PIB. Ele recorre a dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostram despesa com acidentes urbanos e nas estradas no País em R$ 33 bilhões por ano (2003 e 2006). Considerando o atual PIB brasileiro, o custo com acidentes equivale a R$ 80 bilhões.
O ortopedista lembra que uma internação para tratamento de ferido grave em acidente custava, em média, R$ 92 mil, segundo estudo do Hospital das Clínicas, em 2003.
Forlin diz que o estudo acompanhou 548 pacientes por seis meses na capital. Esse estudo do HC-USP mostra ainda que um paciente com danos moderados pode ter custo médio de R$ 14,9 mil, conta. Ele lembra que a redução dos acidentes ajudaria a liberar leitos hospitalares para tratamentos de outras enfermidades.
Em 2007, para cada morto em acidente havia dez feridos graves. Segundo o especialista, as pessoas não dão importância a acidentes que não tenham registrado mortes. Mas esses feridos que vão impactar fortemente o sistema de saúde, argumenta.
A campanha explica que o álcool é depressor do sistema nervoso central e que o consumo de uma lata de cerveja ou de uma taça de vinho é suficiente para um motorista ser multado. Dirigir depois de ingerir duas ou três doses já é crime, afirma a SBOT.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Por R7
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