Temos também um aumento do consumo de alimentos muito calóricos, a facilidade do acesso a alimentos industrializados |
“Manter o adulto já é muito difícil, porque nós temos envolvimento social,
cultural, profissional. Na criança, não tem o profissional, mas é difícil fazer
uma dieta adequada no dia a dia, com a merenda escolar completamente fora de
controle e a possibilidade do fast food”, explicou. A pesquisa avaliou
51 crianças e adolescentes que estavam em tratamento no instituto.
Entre as crianças que abandonaram o tratamento, os fatores de risco
relacionados à obesidade aumentaram em um terço delas. “Abandonar o tratamento
pressupõe um risco muito grande de doenças cardiovasculares, diabetes,
hipertensão, acidente vascular cerebral”, alerta Magnoni.
Para combater o aumento da taxa de obesidade verificada nos últimos anos,
Magnoni defende a inclusão da educação nutricional no currículo escolar. A
Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2009 (POF) indica que, na faixa de 10 a 19
anos, 21,7% dos brasileiros têm excesso de peso. Em 1970, o índice era 3,7%.
Segundo o especialista, o aumento está relacionado às mudanças de hábito
ocorridas ao longo dos anos. “As crianças de hoje são muito presas em casa, não
andam de bicicleta, nem jogam futebol. Temos também um aumento do consumo de
alimentos muito calóricos, a facilidade do acesso a alimentos
industrializados.”
Maus hábitos dentro de casa ajudam a reforçar o problema, ressalta Magnoni.
“Grande parte das crianças é filho e neto de pacientes com doenças
cardiovasculares, obesidade e hipertensão. Isso mostra a necessidade de você
atuar combatendo a obesidade das crianças”, destaca. “A criança é o melhor
professor dos seus pais no estilo de vida saudável”, reforçando a importância da
educação nutricional nas escolas.
Fonte Agência Brasil
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