Estudo sugere que pessoas com excesso de peso e diabetes podem se beneficiar de mudanças intensas no estilo de vida
Exercício e dieta podem treinar as células de gordura de pessoas com excesso de peso e diabetes para induzir o fígado a produzir colesterol "bom". É o que revela estudo de pesquisadores do Methodist's Center for Cardiovascular Disease Prevention, nos EUA.
A pesquisa sugere que mesmo as pessoas com excesso de peso que são fisicamente ativas e comem uma dieta saudável estão recebendo os benefícios da mudança de estilo de vida.
"Quando você se exercita e se alimenta bem, você melhora a função do seu tecido adiposo, seu coração e sistema vascular, e até mesmo o desempenho muscular. Você está recebendo uma série de benefícios que você não pode ver apenas monitorando o peso", afirma o investigador principal Christie Ballantyne.
Ballantyne e sua equipe analisaram dados de pacientes em um ensaio clínico para examinar o efeito de uma intervenção no estilo de vida projetada para provocar perda de peso e reduzir o risco para a doença cardiovascular.
O estudo AHEAD contou com participantes diagnosticados com diabetes tipo 2 e também considerados com sobrepeso ou obesos. Eles foram designados para receber uma intervenção intensa no estilo de vida em que foram encorajados a se tornarem mais ativos fisicamente e limitar sua ingestão de calorias ou um programa que incluía apoio ao diabetes e educação.
A equipe coletou sangue dos participantes em intervalos regulares e verificou a presença de diversos biomarcadores, incluindo colesterol HDL e o hormônio de gordura adiponectina em suas diversas formas.
Após um ano, a adiposidade, o fitness, os níveis de glicose no sangue e os níveis de gordura dos participantes do programa de intervenção foram, em média, significativamente melhores. Os níveis de LDL, o chamado colesterol "ruim", não se alterou.
No entanto, os níveis de adiponectina e colesterol HDL foram alterados. Adiponectina total produzida pelas células de gordura aumentou cerca de 12% em relação ao grupo controle, em que as pessoas receberam aconselhamento. O colesterol HDL subiu quase 10%.
Segundo Ballantyne, embora uma relação causal entre a produção de adiponectina e o aumento nos níveis sanguíneos de colesterol HDL ainda não esteja provada, o estudo apoia a ideia de que o hormônio de gordura está ligado à síntese do colesterol "bom" no fígado.
Fonte isaude.net
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