Células B10 reproduzidas em laboratório e inseridas novamente em ratos doentes mostraram resultados positivos
Cientistas do Duke University Medical Center, nos EUA, descobrriam que um tipo raro de linfócito, célula do sistema imune, pode ajudar no tratamento de doenças autoimunes graves, como esclerose múltipla e atrite reumatoide.
O estudo revela que as células, reproduzidas em laboratório e inseridas novamente em organismos de ratos doentes, mostraram resultados positivos.
As células estudadas, um subgrupo dos linfócitos chamados B10, são raras porque são encontradas em pequena concentração nos organismos. Elas são, no entanto, importantes para controlar inflamações e o processo autoimune.
Essas células B10 produzem a proteína chamada IL-10 que ajuda a controlar a resposta do sistema imunológico durante infecções, reduzindo danos causados a tecidos saudáveis do corpo.
"As células B10 são importantes porque se certificam de que uma resposta imune não seja em excesso, resultando em auto-imunidade ou doenças. Este estudo demonstra, pela primeira vez, que existe um processo altamente controlado, que determina onde e quando estas células produzem IL-10", afirma o autor do estudo Thomas F. Tedder.
Os pesquisadores descobriram que as células B10 só respondem a antígenos muito específicos. Quando isso ocorre, estes linfócitos e suas proteínas agem para desativar outros tipos de células do sistema imunológico que poderiam causar destruição de tecidos do organismo.
Tedder e os seus colegas estudaram o processo de produção de IL-10 nas células B10 de camundongos.
Eles injetaram linfócitos B10 reproduzidos em laboratório no organismo de ratos com sintomas de esclerose múltipla. Após algum tempo, os efeitos da doença foram reduzidos de forma substancial, quase eliminando o distúrbio.
Segundo os pesquisadores, os resultados sugeren que as células B10 podem ser aproveitadas como uma terapia celular, dada a sua capacidade de regular as respostas imunes e autoimunes.
Os próximos passos do estudo incluem entender como funciona a reprodução de linfócitos B10 humanos e determinar se o uso das células como terapia anti-imune terá o mesmo efeito em humanos que obteve em ratos.
Fonte isaude.net
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