Fabricante francesa, que faturou € 241 milhões no primeiro semestre, anuncia planos de expansão para o Centro-Oeste e Sul e espera dobrar sua oferta no próximo ano chegando a seis medicamentos
A Boiron, fabricante francesa de medicamentos homeopáticos, que registrou crescimento de 92% em suas vendas no Brasil deu início aos seus planos de estar presente em todas as farmácias brasileiras.
Atualmente com forte presença em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, fruto de parcerias com empresas como a Raia Drogasil, a Boiron segue agora para cidades como Porto Alegre, Salvador e Goiânia.
“Queremos nos consolidar principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, o que nos dá perspectivas de um rápido crescimento até 2014″, explicou Ricardo Ferreira, diretor da Boiron para o Brasil.
De acordo com o executivo, o país, que registrou crescimento de 92% no primeiro semestre deste ano, deve apresentar resultado semelhante no segundo semestre, motivado pelas vendas, principalmente, do antigripal Oscillococcinum, que registrou aumento de 70% em unidades quando comparado a 2011.
Colaboram também para a expansão no país, as vendas dos medicamentos Sédatif PC utilizado em tratamento da ansiedade e o xarope para tosse Stodal.
“Esperamos manter nosso crescimento com a entrada de mais três produtos, que aguardam liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, contou o executivo que espera que pelo menos dois medicamentos sejam liberados ainda neste ano, sendo eles um remédio para sinusite e um colírio.
Ferreira revela que mesmo diante do crescimento no Brasil, a empresa que atualmente possui cinco fábricas, não estuda, ainda, a possibilidade de implantar uma unidade fabril no país. “Nosso objetivo é aumentar o número de medicamentos disponíveis e nos consolidar no mercado brasileiro”, disse. “Queremos que a homeopatia se torne mais uma opção de tratamento”, completou.
Atualmente a Boiron possui 200 medicamentos, sendo que 20 deles correspondem por 80% da receita mundial da companhia, que no primeiro semestre do ano atingiu € 241 milhões.
Segundo o executivo, o Brasil ainda responde por uma pequena fatia no faturamento mundial da empresa.
“Já estudamos trazer os principais medicamentos para o Brasil, mas temos uma cultura interna na empresa de avaliar cada medicamento e refletir se ele realmente é o ideal para determinado país.”
Barreiras
O diretor da Boiron para o Brasil, explica que uma das principais barreiras enfrentadas pela empresa é o tempo de espera para liberação dos medicamentos que pode levar anos.
Ciente dessa grande demanda de registro de medicamentos, a Anvisa informou que está trabalhando para compatibilizar este crescimento com a estrutura da Agência.
Entre as estratégias adotadas está revisão dos marcos regulatórios, reestruturação interna e a implantação do registro eletrônico de medicamentos.
Fonte SaudeWeb
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