Projeto pode ajudar autoridades na preparação para combate e prevenção da
doença
Um estudo conduzido pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia
aponta ser possível prever surtos de gripe da mesma forma como os
meteorologistas preveem as condições climáticas, o que pode representar uma
grande vantagem para autoridades ligadas ao setor da saúde.
Usando dados coletados em tempo real pelo Google e cruzando tais informações
com um programa de computador que simula a disseminação da gripe, os
pesquisadores desenvolveram um sistema que pode gerar previsões locais da
gravidade e da duração de surtos da doença.
Esse tipo de previsão pode fazer com que as autoridades se preparem mais
adequadamente para os surtos de gripe, segundo Irene Eckstrand, do Instituto
Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Anualmente, a gripe mata entre 250 mil e
500 mil pessoas por ano.
Se as previsões forem minimamente precisas, fariam com que as autoridades
veiculassem vacinas e antibióticos para áreas em maior estado de necessidade,
segundo Jeffrey Shaman, um dos autores do estudo. "Se você tem uma previsão que
adianta o surto em seis semanas e é confiável, pode mandar as vacinas para
determinado local porque haverá temoo o bastante para distribuí-las antes de a
doença chegar de fato", diz.
Shaman disse também que as previsões poderiam acompanhar os programas de
informações meteorológicas da televisão para que o público em geral tome suas
próprias medidas para evitar a infecção ao procurar vacinas e já monitore os
sintomas da doença.
Para conduzir a pesquisa, os cientistas usaram dados de uma ferramenta
chamada Googloe Flu Trends, que reúne os termos que as pessoas usam no buscador
da internet para saber onde há surtos da doença. O software foi lançado em 2008
e notifica o Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos em
tempo real. Com o programa de computador e as informações dos usuários, eles
geraram previsões semanais que adiantaram o pico do surto de gripe em mais de
sete semanas antes de ocorrer de fato.
O projeto piloto, publicado na segunda-feira, 26, no Proceedings of the
National Academy of Sciences, jornal científico americano, analisou dados
apenas da área de Nova York, usando informações colhidas entre 2003 e 2008.
Fonte Estadão
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