Divulgação
Acesso das populações de baixa renda aos
medicamentos
tem melhorado, segundo o relatório
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Empresas do ramo são pouco transparentes, segundo Índice de Acesso aos
Medicamentos
Poucas companhias farmacêuticas mantêm medidas de controle estritas para
assegurar que testes feitos por meio de empresas terceirizadas em países em
desenvolvimento sejam seguros e respeitem a ética, aponta um relatório
independente.
A maioria das farmacêuticas não forneceu evidências de que não exerce
qualquer influência sobre os métodos como os testes são conduzidos pelas
empresas contratadas, segundo o Índice de Acesso aos Medicamentos (IAM),
relatório publicado a cada dois anos e que reúne as 20 maiores companhias do
ramo.
A GlaxoSmithKline encabeça a lista das melhores farmacêuticas, seguida de
perto pela Johnson & Johnson e pela Sanofi. A AstraZeneca foi uma das que
mais decaiu desde o último relatório. A edição atual elogia os esforços de
algumas empresas para reduzir os preços dos remédios e torná-los mais acessíveis
às populações de baixa renda.
O índice aponta que aproximadamente um bilhão de pessoas em todo o mundo não
podem pagar pelos medicamentos que precisam, mas reconhece que houve progresso a
esse respeito, com as companhias dando descontos de até 60% em seus
produtos.
Um dos autores, David Sampson, disse que embora os analistas tenham sido mais
rígidos neste ano e o cenário econômico tenha mudado para mais difícil, "todas
as companhias melhoraram quanto às iniciativas sobre o acesso aos produtos".
A crítica mais contundente, porém, diz respeito à transparência dessas
empresas em seus testes. "Há uma tendência crescente de terceirização de testes
clínicos, mas como sempre ocorre nesses processos, a relação entre as duas
partes precisa ser extremamente estreita e administrada com cuidado", diz
ele.
"Enquanto a maioria das companhias fala sobre códigos de conduta, apenas
quatro delas revelou detalhes das ações disciplinares que tiveram de tomar
quando houve desvios. A regulamentação em países em desenvolvimento é mais
variável e qualquer coisa que coloque os pacientes em risco é uma prática
inaceitável de bastante preocupante", completa.
O índice também examinou os produtos farmacêuticos em desenvolvimento. O foco
continua em remédios contra doenças fatais como infecções respiratórias e
causadoras de diarreia, aids e malária, mas doenças tropicais também ganharam
mais atenção.
O relatório também notou programas de redução de preços de determinados
medicamentos em países particularmente afetado por determinadas doenças, prática
que deveria ser expandida, de acordo com os autores do documento. Um dos
exemplos foram os preços variáveis do anticoncepcionais da Bayer em 11 países da
África Subsaariana.
A GSK foi elogiada por fornecer toda sua variedade de vacinas a preços
acessíveis aos países em desenvolvimento. Já a AstraZeneca caiu da 7ª para a 16ª
posição devido ao fato de que "não promoveu avanços em suas políticas de acesso"
desde o último relatório.
Fonte Estadão
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