Estudos com folhas de sálvia, usada com frequência para temperar peixes e carnes, e o mirtilo, o bluebarry brasileiro, revelam que tanto a planta como a fruta azul são ricos em flavonóides que ajudam a desacelerar o declínio das funções mentais e até proteger contra o Alzheimer.
Com o envelhecimento da população em todo o mundo e a melhora na qualidade de indivíduos da melhor idade, estimular a memória tornou-se um dos grandes desafios da medicina moderna. Além das novas drogas, estudos recentes têm demonstrado que alguns alimentos contribuem para melhorar a função cognitiva, a compreensão verbal e a habilidade numérica.
“Um dos elementos mais estudados e divulgados é o Ômega 3, presente em peixes. É comprovado que indivíduos na melhor idade que possuem dieta rica em produtos marinhos têm melhor performance cognitiva, pois além de proteger o cérebro contra estresse oxidativo, o Ômega 3 regula a neurotransmissão. No entanto, dietas deficientes da substância podem levar, inclusive, a um prejuízo na aprendizagem”, explica Sandra Chemin, docente do curso de Nutrição da Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate.
Ainda de acordo com a nutricionista, outros compostos que atuam na memória são os flavonóides, que ajudam a desacelerar o declínio das funções mentais e até protegem contra Alzheimer. “Há alguns anos, pensava-se que os flavonóides agiam como o Ômega 3 e, até mesmo, como a vitamina C, ou seja, como antioxidantes. Entretanto, estudos mais recentes demonstraram que eles interagem com a quinase, uma proteína que regula o fluxo de sangue nos tecidos cerebrais”, completa.
Frutinha da inteligência
Atualmente foram identificados mais de seis mil flavonóides, responsáveis por cores e sabores dos alimentos. Um estudo de 2010, com dois mil voluntários entre 70 a 75 anos, que relataram consumir de forma periódica vinho, chá e chocolate (alimentos ricos em flavonóides), revelou a melhora na função cognitiva se comparado às pessoas que raramente ingerem esses produtos.
Atualmente foram identificados mais de seis mil flavonóides, responsáveis por cores e sabores dos alimentos. Um estudo de 2010, com dois mil voluntários entre 70 a 75 anos, que relataram consumir de forma periódica vinho, chá e chocolate (alimentos ricos em flavonóides), revelou a melhora na função cognitiva se comparado às pessoas que raramente ingerem esses produtos.
“Entre outros alimentos ricos em flavonóides está também o mirtilo, o blueberry brasileiro, pequena fruta azul originária da América do Norte e muito consumida pelas suas propriedades medicinais. Pesquisa com adultos que bebem até duas xícaras de suco de mirtilo por dia mostrou que esses indivíduos tiveram desempenho intelectual 30% melhor”, conta a professora da Anhembi Morumbi.
Tempero da memória
Outra descoberta mostrando o poder dos alimentos que elevam os níveis de concentração está ligada a um tempero muito utilizado na cozinha brasileira para ressaltar o sabor de peixes e carnes: a sálvia. Estudos demonstraram que, pessoas que se submeteram a uma bateria de teste por computador em uma sala aromatizada com sálvia comum, apresentaram memória mais precisa que aquelas que realizaram os mesmos exames em ambientes desodorizados.
Outra descoberta mostrando o poder dos alimentos que elevam os níveis de concentração está ligada a um tempero muito utilizado na cozinha brasileira para ressaltar o sabor de peixes e carnes: a sálvia. Estudos demonstraram que, pessoas que se submeteram a uma bateria de teste por computador em uma sala aromatizada com sálvia comum, apresentaram memória mais precisa que aquelas que realizaram os mesmos exames em ambientes desodorizados.
“A razão disto é que a planta é rica em um flavonóide chamado hispulina, que parece interagir com receptores de cultura de células cerebrais, formando ácido gama-aminobutírico, um neurotransmissor que afeta justamente a cognição e os estados de ânimo. Vale apontar ainda, que os fatores genéticos que afetam a neurodegeneração já foram identificados, porém alimentos como a sálvia e o mirtilo podem determinar a idade cerebral, atrasar a perda de memória e até colaborar com as funções cognitivas”, finaliza Sandra.
Fonte Corposaun
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