No total, já foram informados quatro novos casos, três na Arábia Saudita e
um no Catar
GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera os resultados de
laboratório para confirmar uma nova morte na Arábia Saudita causada pelo
coronavírus detectado no último mês de setembro, o que elevaria para três o
número de infectados falecidos.
"Estamos à espera que se confirmem dois novos casos, dos quais um resultou
fatal. Apesar de, a princípio, a pessoa que se recuperou ter testado negativo
para o coronavírus, o resultado não é confiável e estamos à espera de uma
segunda comprovação", disse nesta quarta-feira à Agência Efe o porta-voz da OMS,
Gregory Härtl.
As duas pessoas supostamente contagiadas são parentes de outros dois
residentes da Arábia Saudita, um deles falecido, cujos contágios foram
confirmados em laboratório e anunciados na semana passada pela agência sanitária
das Nações Unidas.
No total, a OMS informou na sexta-feira quatro novos casos, três na Arábia
Saudita e outro no Catar, o que eleva para seis o número de infectados até o
momento pelo novo coronavírus, que se manifesta nos pacientes como uma síndrome
respiratória e renal.
O primeiro caso desta nova modalidade de coronavírus foi detectado e
confirmado pelo Centro Médico da Universidade Erasmus, na Holanda, no começo do
ano em um homem de 60 anos da Arábia Saudita, que faleceu após ser
hospitalizado.
O segundo caso foi o de um catariano que antes de adoecer viajou à Arábia
Saudita e que se recuperou em um hospital britânico.
Em ambos casos os pacientes sofreram insuficiência renal, algo que
surpreendeu os médicos, porque normalmente não se relaciona com uma síndrome
pulmonar, razão pela qual começaram a investigar.
Fadela Chaib, porta-voz da OMS, esclareceu que as duas mortes registradas até
o momento "não estão relacionadas".
O novo vírus foi detectado no início de setembro e foi classificado como um
coronavírus, a família à qual também pertencem a gripe estacional e a síndrome
respiratória aguda severa conhecida como Sars.
Um mês depois, a OMS garantiu que "não havia evidência da transmissão do
vírus de humano a humano".
Este organismo, junto com os governos da Arábia Saudita e Catar, segue
trabalhando para conhecer melhor o coronavírus e sua fonte, e pediu aos demais
países que mantenham o alerta.
Até que disponha de nova informação sobre a doença, a OMS pediu que se
considere que o vírus pode estar presente em outros países diferentes dos dois
nos quais os casos foram detectados.
Neste sentido, a OMS instou as autoridades sanitárias a realizar testes em
pacientes que apresentem pneumonias com sintomas não comuns inclusive quando não
tenham viajado ou não tenham estado em contato com catarianos ou sauditas.
Além disso, propôs investigar qualquer cepa de Sars ou a presença de alguma
destas síndromes nos profissionais de saúde "independentemente do lugar onde
apareçam", e manteve sua decisão de não recomendar nenhuma restrição de
viagem.
Fonte Estadão
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