Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Projeto de impressora 3D de tecidos e órgãos humanos usa software da Autodesk

NovoGen MMX Bioprinter, impressora da Organovo de tecido humano
NovoGen MMX Bioprinter, impressora da Organovo de tecido humano
Boa notícia: as pessoas talvez não sejam assim tão diferentes das máquinas.
 
Na terça-feira, uma pequena companhia de San Diego chamada Organovo Holdings, que já produz tecidos humanos em pequena escala, anunciou parceria com a produtora de software Autodesk para projetar uma plataforma bioimpressora.
 
A ideia é utilizar parte do software da Autodesk hoje empregado para o projeto e fabricação de objetos inanimados, tais como luminárias ou eletrodomésticos, a fim de construir tecidos vivos e, no futuro, órgãos humanos.
 
Caso órgãos vivos possam ser produzidos da mesma maneira que hoje fabricamos, por exemplo, floreiras e componentes de aviões, com o uso de impressoras tridimensionais, o custo da medicina talvez caia, e a capacidade dos serviços médicos aumentará.
 
"No momento, podemos criar uma fatia tridimensional de fígado instruindo uma 'impressora' quanto ao posicionamento de células", disse Keith Murphy, presidente-executivo da Organovo. "Podemos criar algo com menos de um milímetro de espessura, que colocamos em um banco de testes para estudos de medicamentos. A questão de longo prazo é se poderemos produzir um fígado inteiro".
 
Esse seria um processo mais complexo, envolvendo colocação precisa de células para a confecção do material do órgão e de complementos como veias e capilares, e ao mesmo tempo manter todo o complexo vivo. Murphy declarou que provavelmente serão necessários muitos anos de trabalho antes que isso aconteça.
 
A tarefa também seria muito mais ambiciosa do que os demais esforços de produção de órgãos, a exemplo da criação de uma traqueia adulta usando células-tronco em um tubo de plástico esterilizado, empreendida por uma equipe de cirurgiões de Baltimore.
 
Um projeto de prazo mais curto envolveria a produção de fatias de fígado para testes de medicamentos, o que permitiria que cientistas testassem facilmente coisas como dosagens variáveis de medicamentos, e a criação de tecidos para testes cirúrgicos. A Organovo teria de produzir quantidade significativa de material em suas impressoras, nesses dois casos.
 
Murphy disse que trabalhar com a Autodesk, que já trabalhou extensamente no segmento de impressoras 3D, oferecerá à sua empresa melhor compreensão de como desenvolver software 3D, o que ajudará a Organovo e outras companhias a projetar tecidos tridimensionais melhores.
 
A Autodesk, por sua vez, quer simular de que forma objetos tridimensionais não vivos são criados, para que possa melhorar suas operações básicas.
 
"Se você projeta um chassi de automóvel, o projeto não se altera", diz Carlos Olguin, que comanda o grupo de software biológico, nanodimensional e programável da Autodesk. "A impressão biológica envolve a montagem autônoma de coisas como células-tronco. É um paradigma de design diferente que pode ter grande efeito sobre coisas como protótipos em escala maciça".
 
"Porque que a biologia está se tornando uma disciplina mais madura em termos de engenharia, queremos encontrar muito mais parceiros", ele disse. As empresas não estão pagando uma à outra pela colaboração, e duas equipes de cerca de quatro pessoas, uma de cada companhia, trabalharão juntas em no que Olguin definiu como "primeira fase" do projeto.

Fonte Folhaonline

Nenhum comentário:

Postar um comentário