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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Aumentam lesões causadas por acidentes de moto

Os acidentes envolvendo motociclistas mais do que dobraram nos últimos anos. Um estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) revelou que das 94.390 pessoas internadas em hospitais por causa de acidentes de trânsito em 2008, 19.736 apresentaram alguma sequela, como lesões permanentes, traumatismos e amputações.
 
Os acidentes com moto e atropelamentos estão entre os principais motivos dos ferimentos no trânsito.
 
Na tentativa de reduzir o número de acidentes e lesionados, entrou em vigor no último dia 4 novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para os motociclistas de todo o País, que determinam, entre outras medidas, o uso obrigatório de equipamentos de segurança, como protetor de pernas.

 Um estudo realizado com dados do seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat) revelou que em 2011 houve um crescimento de 45% nas indenizações pagas às vítimas de acidentes de trânsito em relação ao ano anterior. Mais da metade dos acidentados têm entre 18 e 34 anos, faixa etária que concentra o maior índice de pagamento de benefício por invalidez permanente. A pesquisa também apontou que a motocicleta foi o principal veículo envolvido nos casos de mutilação e amputação.

Reconstrução óssea – As amputações resultam na maioria das vezes em longos períodos de inatividade ou invalidez permanente. Entretanto muitos casos de indicação de amputação de membros inferiores e superiores por traumas, como nos acidentes de motocicleta, podem ser evitados com a técnica de reconstrução óssea. Segundo o médico ortopedista Richard Luzzi, coordenador do Centro de Excelência em Reconstrução Óssea (CERO), a técnica cirúrgica permite reverter a maioria das amputações, desde que ainda haja circulação sanguínea no membro afetado. “Mesmo que os músculos e os ossos estejam comprometidos, é possível realizar o procedimento com técnicas de reenxerto, transplante ósseo, uso de fixadores externos para preenchimento de falhas e outros métodos que permitem a reconstrução”, explica Luzzi.

De acordo com o ortopedista Renato Slomka, especialista do CERO Curitiba e do CERO do Rio Grande do Sul, quanto mais precocemente forem encaminhados os casos de trauma decorrentes dos acidentes de moto, com lesões graves nos membros, melhores são os resultados da reconstrução óssea. Entretanto a técnica também é empregada com sucesso no tratamento de sequelas e complicações, como osteomielites (infecções ósseas). “Tratamos com frequência de casos que os médicos nos encaminham porque não têm mais recursos a oferecer”, conta Slomka, que tem 24 anos de experiência com a técnica e foi um dos primeiros médicos a trazer para o Brasil a utilização de fixadores externos na recuperação de fraturas.

A reconstrução óssea também é utilizada no tratamento de doenças congênitas, infecciosas, metabólicas ou degenerativas, como a artrose. Além de evitar amputações, a técnica cirúrgica reduz gastos em longo prazo, já que o custo de manutenção de uma prótese é três vezes maior do que o tratamento. O método também contribui para a diminuição do custo social, pois pode reduzir o período de inatividade do paciente e até evitar a invalidez permanente.

Fonte Corposaun

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