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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

HC testa controle eletrônico de remédios

O Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto pôs em prática há mais de um mês um projeto-piloto chamado Beira de Leito, que controla, por computador, a aplicação e a administração de remédios aos pacientes internados.
 
A iniciativa, inédita em hospitais da rede pública de São Paulo, tem como objetivos aumentar a segurança do paciente, evitando erros na administração de medicamentos (como aplicação de doses erradas ou de medicação não prescrita), e melhorar a gestão hospitalar, reduzindo custos.
 
Alexandra Cruz Abramovicius, diretora da Divisão de Assistência Farmacêutica do HC/USP Ribeirão, diz que o projeto surgiu da necessidade de “casar” o sistema de prescrição eletrônica, que já era feito na unidade, com a administração direta da droga no paciente.
 
Na prescrição eletrônica, toda vez que um médico prescreve um medicamento, isso é digitado num sistema e informado automaticamente à farmácia central. Lá, os medicamentos são cadastrados em um código de barras e entregues para serem administrados nos pacientes. Agora, com o Beira de Leito, a rastreabilidade do medicamento fica ainda maior, porque o sistema controla a fase da administração da droga no paciente.
 
Várias checagens são feitas: uma no recebimento do pedido, outra na dispensação na farmácia e outra na administração ao paciente.
 
Processo Funciona da seguinte maneira: um notebook instalado em um carrinho é levado à beira do leito. Por meio de um leitor de código de barras, a enfermagem faz a leitura na pulseira do paciente dos medicamentos que serão administrados. Além de registrar os gastos para fins de faturamento, o sistema emite alertas de inconsistências, como, por exemplo, medicamentos não prescritos para o paciente ou fora do prazo de validade. “
 
O Beira de Leito vai melhorar todo o processo. Até então, havia controle até o momento em que a droga saía da farmácia. Agora vamos até o momento da administração no paciente”, diz Alexandra. De acordo com ela, a vantagem é que, se houver algum problema ou efeito colateral no paciente, por exemplo, é possível saber o lote, a data de validade, a dose aplicada, quando o medicamento saiu da farmácia, quem é o fornecedor, etc. “Será possível chegar ao começo dessa cadeia. É muito mais segurança.”
 
Para viabilizar a implementação do projeto, o hospital investiu cerca de R$ 200 mil na aquisição de equipamentos de informática e de fracionamento de medicamentos. Um dos equipamentos comprados pelo Hospital das Clínicas permite embalar e rotular individualmente vários itens.
 
O projeto-piloto está sendo avaliado em leitos do quarto e do nono andar, que incluem áreas de neurologia e cirurgia. A expectativa é de que seja progressivamente implementado em todo o hospital até o final deste ano.

Fonte Estadão

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