A cirurgia de alongamento ósseo vai atender pacientes de cinco a 15 anos com deformidades congênitas ou adquiridas
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) oferece novo tratamento cirúrgico para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que possuem problemas congênitos de desenvolvimento de mandíbula, atendidos pelo Centro de Cirurgia Crâniomaxilofacial, especializado em doenças do crânio e da face. A cirurgia de alongamento ósseo de mandíbula será realizada, a partir desta terça-feira (29), para atender pacientes de cinco a 15 anos com deformidades congênitas ou adquiridas em traumatismo.
De acordo com médico Ricardo Cruz, o tratamento de alongamento ósseo de mandíbula (também chamado de distracção osteogênica) é o mais indicado para a correção dessas deformidades. " Existem outras alternativas de tratamentos, mas o alongamento mandibular ou distracção óssea é o mais moderno hoje e consideramos a melhor opção em pacientes jovens com anomalias congênitas ou adquiridas" , disse.
Essa técnica de cirurgiareparadora tem objetivo de atenuar o crescimento deficiente da mandíbula com o auxílio de um aparelho distractor, fabricado em titânio, que é afixado no maxilar do paciente para estimular o desenvolvimento de tecido ósseo no local. Os movimentos diários do aparelho permitem o alongamento do osso e a consequente melhora funcional e estética. Os aparelhos (distractores) podem ser internos e externos. " O externo, apesar de parecer incômodo quando colocado no rosto, constitui-se em procedimento menos invasivo e possibilita a alta do paciente em poucos dias" , explica Cruz.
A recuperação depende de acompanhamento médico e fonoaudiológico por um período de cerca de quatro meses. A meta é melhorar a mastigação e a respiração, além de uma estética mais adequada. .
A cirurgia é indicada para os casos de anomalias congênitas de mandíbula, microssomia hemifacial (lado do rosto que nasce menor), síndromes de Pierre-Robin e Treacher-Collins e nas anomalias adquiridas em trauma e sem causa específica, como a anquilose temporo-mandibular (onde há rigidez na articulação que impede o crescimento da mandíbula).
A ação é coordenada pelo cirurgião Ricardo Cruz, chefe do Centro de Cirurgia Crâniomaxilofacial do Into, e contará com a participação dos especialistas convidados, Nivaldo Alonso, da Universidade de São Paulo e Renato Freitas, da Universidade do Paraná.
Fonte isaude.net
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