Teste do pezinho |
Nesta reportagem, a médica entrevistada foi precisa: ”A necessidade de exames complementares deve ser avaliada pelo médico, de acordo com o risco que aquele paciente apresenta, seja pela apresentação de um sintoma, pela história familiar ou seus hábitos e costumes”.
Ou seja, não há uma relação que serve para todas as pessoas e exames em excesso representam risco a saúde. Mesmo com este depoimento a reportagem seguiu adiante de forma iatrogênica e diz que “entrevistou 25 especialistas”. O melhor profissional para definir a estratégia de exames é o generalista como o médico de família pois consegue perceber quais são os maiores riscos e não tem o viés de um órgão, sistema orgânico, sexo ou faixa etária.
Os únicos exames que devem ser pedidos a todas pessoas sem avaliação prévia de risco de acordo com o US Preventive Services Task Force são:
1. teste do pezinho em crianças (que inclui hipotireoidismo congênito)
2. papanicolau em mulheres dos 21 aos 65 anos de 3 em 3 anos após dois normais
3. mamografia dos 50 aos 74 anos
4. sangue oculto nas fezes anualmente, retossigmoidoscopia a cada 5 anos ou colonoscopia a cada 10 anos dos 50 aos 75 anos
5. perfil lipídico em mulheres com mais de 45 anos e em homens com mais de 35 anos
Um dia perguntei a Professoras do Departamento de Medicina de Família e Comunidade da Universidade de Toronto se era comum no Canadá urologistas irem na televisão advogarem por exames controversos como PSA e elas disseram: “é melhor para eles não fazerem isso”. Ou seja, reportagens deste tipo são reflexo da sociedade que vivemos. No caso do Brasil há uma ignorância disseminada.
Fonte blogsaudebrasil.com.br
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