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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Equipe utiliza telefone celular para detectar água contaminada com mercúrio

Smartphone detecta as diferenças de cor de várias membranas submersas em águas com concentrações variadas de mercúrio
Foto: J. M. García et al.
Smartphone detecta as diferenças de cor de várias membranas
 submersas em águas com concentrações variadas de mercúrio
Técnica criada por cientistas da Espanha acusa presença do metal em 5 minutos e mede nível de contaminação
 
Pesquisadores da Universidade de Burgos, na Espanha, desenvolveram uma técnica que permite detectar a presença de água contaminada com mercúrio utilizando o telefone celular.
 
Técnica torna possível ainda quantificar a concentração total do metal extremamente tóxico.
 
Contaminação por mercúrio é um problema que afeta especialmente os países em desenvolvimento. O metal representa um risco para a saúde pública, uma vez que se acumula no cérebro e os rins, causando doenças neurológicas a longo prazo.
 
O novo método consiste em colocar uma folha criada pelos pesquisadores na água durante cinco minutos. Se ela ficar vermelha, isso sinaliza a presença de mercúrio. "As mudanças podem ser vistas a olho nu, e qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento prévio, pode descobrir se uma fonte de água está contaminada com mercúrio acima dos limites determinados", explica o pesquisador José Miguel García.
 
Além disso, tirando uma fotografia da folha com uma câmera digital, como as de telefones celulares, podemos descobrir a concentração do metal. Nós só precisamos de software de tratamento de imagem para ver as coordenadas de cor. O resultado é depois comparado com os valores de referência.
 
As folhas contém um composto orgânico fluorescente chamado rodamina, que atua como um sensor de mercúrio. Rodamina é insolúvel em água. Mas uma alteração química permite que, quando colocada em água, suas moléculas sensoriais sejam forçadas a permanecer no meio aquoso e interagir com o mercúrio.
 
A composição exata da folha pode ser ajustada com os parâmetros desejados. Mais especificamente, os pesquisadores calibraram a folha para que ela mude de cor quando os limites estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos sejam ultrapassados: 2 ppb (partes por bilhão) de mercúrio divalente Hg (II), um dos mais reativos, em água destinada ao consumo humano.

Problema global
Um estudo recente da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) demonstra que uma grande parte da exposição humana a este metal tóxico é devido ao consumo de peixe contaminado.
 
Para impedir a contaminação global deste metal, em janeiro, mais de 140 países se reuniram em Genebra e aprovaram o início da Convenção de Minamata, regulamento internacional que faz referência ao nome da cidade japonesa onde centenas de pessoas morreram em 1950 devido a envenenamento por mercúrio.
 
Fonte isaude.net

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