Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Pesquisa inédita revela: 1,5 milhões de brasileiros sofrem com o suor excessivo

O uso da toxina botulínica tipo A é um tratamento efetivo para
 quem sofre de hiperidrose e não quer enfrentar uma cirurgia
Levantamento mostra como vivem as pessoas que apresentam os sintomas da hiperidrose
 
A doença causada pelo suor excessivo se agrava com o estresse. Datas importantes como provas, reuniões e apresentações em público viram um tormento para quem sofre de hiperidrose. Há relatos de jovens que viraram vítimas de bullyng na escola, de mães que sofrem com a vergonha dos filhos e até de executivos que não podem comandar reuniões de trabalho.

— Além da vergonha você passa a ter um sentimento de inferioridade, se coloca num papel menor. A sensação é a de você ficar meio acuado, com medo, porque a sensação que dá é que você está sempre sujo — relata um dos pesquisados que prefere não se identificar.

A pesquisa sobre o suor excessivo e seus efeitos foi encomendada ao Instituto IPSOS e dividida em duas fases: na primeira, foi feito um levantamento quantitativo para definir o tamanho do problema no Brasil. Os pesquisadores fizeram mil entrevistas domiciliares em 70 municípios, de 9 regiões metropolitanas, em todas as cinco regiões brasileiras. Do total da população, 10,7% diz apresentar suor excessivo e a axila é o local em que o suor está mais presente (43%). As três principais características de quem apresenta suor excessivo são: suor independente da temperatura, aumento do suor em situações de estresse e início do suor antes dos 25 anos. 44% não faz/fez nenhum tratamento e os pacientes com suor excessivo em sua maioria (71%) não procuram nenhum médico, ou seja, a hiperidrose não é reconhecida como doença por eles.

Na segunda fase da pesquisa, o Instituto IPSOS fez um levantamento qualitativo e reuniu um grupo de diferentes faixas etárias e padrões sociais. Nesse grupo, estavam pessoas que admitiram sofrer de hiperidrose, mães de filhos com a doença e médicos acostumados a lidar com o problema. As informações resultaram no mais completo raio-X sobre a situação do suor excessivo no Brasil.

— Eu sentia raiva, muita raiva, não entendia como um ser humano podia suar tanto — afirma um jovem, outro dos entrevistados.

Os portadores de hiperidrose falam na pesquisa sobre a rotina diferente em que são obrigados a viver por causa da doença. Não só do ponto de vista das relações sociais, mas também na execução de simples tarefas cotidianas, como andar sempre com roupas sobressalentes no carro ou na mochila para trocá-las várias vezes ao dia.

— Já cheguei a entrar em banheiros com pia, tirava a blusa, lavava com sabonete, secava com papel e saía do banheiro como se nada tivesse acontecido — acrescenta o jovem.
 
Produto usado em procedimentos estéticos pode ser a solução
Os sintomas da hiperidrose costumam aparecer na pré-adolescência, os pais tentam usar paliativos para diminuir o suor e disfarçar o cheiro, mas não vão fundo nas causas da doença. O que pouca gente sabe é que a hiperidrose é um distúrbio, e que existe tratamento para amenizar ou até mesmo eliminar a maior parte dos sintomas. A toxina botulínica, substância usada tradicionalmente em procedimentos estéticos conhecida popularmente por Botox, pode ser a solução do problema. Entre os pacientes que se submeteram ao procedimento os relatos são entusiasmados:

— Hoje eu consigo fazer uma reunião tranquilamente, não preciso mais me preocupar onde eu vou por a mão, se está molhada. Estou me sentindo mais segura — conta uma pesquisada que se submeteu ao tratamento.

A cirurgia é mais indicada para casos mais graves. Contra a cirurgia estão os efeitos colaterais. Podem surgir, por exemplo, sudorese compensatória, em outras regiões do corpo. E o procedimento implica em riscos inerentes a um procedimento cirúrgico.
 
Toxina botulínica
O uso da toxina botulínica tipo A é um tratamento efetivo para quem sofre de hiperidrose e não quer enfrentar uma cirurgia. Na maioria dos casos, a duração da toxina botulínica varia de seis a 12 meses, dependendo do organismo de cada um. Trata-se de um medicamento mundialmente reconhecido que age bloqueando as terminações nervosas responsáveis pela liberação de substâncias que estimulam o suor, reduzindo a produção deste. O efeito máximo ocorre em duas semanas e o tratamento apresenta boa eficácia, com interrupção da sudorese excessiva. O procedimento pode ser feito em regiões como axilas, palmas das mãos, plantas dos pés, virilha e outros.

Fonte Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário