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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Secretaria da Saúde aperta cerco para impedir alastramento da dengue em Porto Alegre

Secretaria da Saúde aperta cerco para impedir alastramento da dengue em Porto Alegre Lívia Stumpf/Agencia RBS
Foto: Lívia Stumpf / Agencia RBS
Conforme técnicos do Estado, ações de prevenção são permanentes
 (na foto, pulverização de veneno contra o mosquito no Partenon)
Vigilância admite existência de surto e pretende confinar os casos contraídos localmente para evitar uma epidemia
 
A semana será decisiva para impedir o alastramento da dengue em Porto Alegre, uma das 79 cidades gaúchas infestadas nos últimos 12 meses pelo Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença. Técnicos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciam a semana reforçando o bloqueio de transmissão, com aplicação de inseticida em três bairros da Capital: Partenon, Bom Jesus e Navegantes.
 
Até a tarde de domingo, a Capital era o único município com 10 casos da doença contraídos localmente (autóctones) no ano — além de contar com nove pessoas contaminadas pela dengue em outras cidades.
 
Para as autoridades sanitárias, os casos autóctones são os mais sérios por evidenciarem a presença do mosquito no local. No Partenon está a maioria dos doentes: oito. Bom Jesus e Navegantes têm uma ocorrência cada.
 
— Até agora, temos um surto de dengue. A nossa intenção é confinar os casos autóctones a esses três bairros para impedir que se alastrem e se transforme em epidemia — afirmou Anderson Araújo de Lima, coordenador-geral em exercício da Vigilância em Saúde (CGVS), ligada à SMS.
 
Ainda não se conhece a causa do surto em Porto Alegre
Lima afirma que, para impedir o alastramento da doença, é fundamental a contribuição da população, destruindo viveiros caseiros dos mosquitos, como vasilhas com água.
 
Ainda não há resposta sobre a causa do surto. Lima acredita que pode ter acontecido uma "baixa de guarda" em relação à doença porque no ano passado não aconteceu nenhum caso autóctone.
 
Também não existe nenhuma garantia de que a dengue autóctone não vá surgir nos outros municípios infestados pelo mosquito. Até o último dia 19, foram registrados 28 casos de dengue "importada" (contraída em outra cidade) em 2013.
 
— As ações do Estado e dos municípios são preventivas e permanentes nas cidades infestadas. Temos de ter em mente que a dengue se instalou no Rio Grande do Sul — observou a médica sanitarista Marilina Bercini, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde.
 
Muito embora a dengue ocorra com mais intensidade em Estados de clima quente, ainda assim se instalou por aqui. Portanto, todo cuidado é pouco.
 
Contribua com a prevenção
Ações simples, adotadas em casa, podem ajudar a afastar a dengue da Capital. Para isso, é preciso evitar que a larva do Aedes aegypti vire um mosquito adulto.
 
Confira o que fazer:
 
— Garrafas: esvaziar e guardar com gargalo para baixo.
 
— Lixo: deixar ensacado para a coleta.
 
— Calhas: manter limpas e desobstruídas.
 
— Ralos: proteger com tela milimétrica.
 
— Pneus: guardar secos e em local coberto.
 
— Vasos: escorrer a água e preencher com areia.
 
— Piscina: manter a água tratada.
 
— Caixa d’água: manter bem tampada.
 
Quais são os sinais da doença?
— Febre alta
 
— Falta de apetite
 
— Manchas vermelhas pelo corpo
 
— Náuseas e vômitos
 
— Dores nos músculos e juntas
 
— Dor de cabeça
 
— Dor atrás dos olhos
 
— Fraqueza
 
Como ocorre a transmissão
— Por meio da picada do mosquito fêmea Aedes aegypti infectado. Uma vez infectado, o homem demora de quatro a 10 dias para apresentar os sintomas da dengue.
 
— Não tome medicamentos por conta própria e, principalmente, nunca utilize remédios que contenham ácido acetilsalicílico (como aspirina).
 
— Não existe vacina contra a dengue nem medicação específica para combater a infecção.
 
— Em caso de suspeita da doença, procure um médico.
 
— Para aliviar os sintomas, é necessário fazer repouso e beber muito líquido.
 
Fonte Zero Hora

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