Foto: Lívia Stumpf / Agencia RBS Conforme técnicos do Estado, ações de prevenção são permanentes (na foto, pulverização de veneno contra o mosquito no Partenon) |
A semana será decisiva para impedir o alastramento da dengue em Porto Alegre, uma das 79 cidades gaúchas infestadas nos últimos 12 meses pelo Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença. Técnicos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciam a semana reforçando o bloqueio de transmissão, com aplicação de inseticida em três bairros da Capital: Partenon, Bom Jesus e Navegantes.
Até a tarde de domingo, a Capital era o único município com 10 casos da doença contraídos localmente (autóctones) no ano — além de contar com nove pessoas contaminadas pela dengue em outras cidades.
Para as autoridades sanitárias, os casos autóctones são os mais sérios por evidenciarem a presença do mosquito no local. No Partenon está a maioria dos doentes: oito. Bom Jesus e Navegantes têm uma ocorrência cada.
— Até agora, temos um surto de dengue. A nossa intenção é confinar os casos autóctones a esses três bairros para impedir que se alastrem e se transforme em epidemia — afirmou Anderson Araújo de Lima, coordenador-geral em exercício da Vigilância em Saúde (CGVS), ligada à SMS.
Ainda não se conhece a causa do surto em Porto Alegre
Lima afirma que, para impedir o alastramento da doença, é fundamental a contribuição da população, destruindo viveiros caseiros dos mosquitos, como vasilhas com água.
Ainda não há resposta sobre a causa do surto. Lima acredita que pode ter acontecido uma "baixa de guarda" em relação à doença porque no ano passado não aconteceu nenhum caso autóctone.
Também não existe nenhuma garantia de que a dengue autóctone não vá surgir nos outros municípios infestados pelo mosquito. Até o último dia 19, foram registrados 28 casos de dengue "importada" (contraída em outra cidade) em 2013.
— As ações do Estado e dos municípios são preventivas e permanentes nas cidades infestadas. Temos de ter em mente que a dengue se instalou no Rio Grande do Sul — observou a médica sanitarista Marilina Bercini, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde.
Muito embora a dengue ocorra com mais intensidade em Estados de clima quente, ainda assim se instalou por aqui. Portanto, todo cuidado é pouco.
Contribua com a prevenção
Ações simples, adotadas em casa, podem ajudar a afastar a dengue da Capital. Para isso, é preciso evitar que a larva do Aedes aegypti vire um mosquito adulto.
Confira o que fazer:
— Garrafas: esvaziar e guardar com gargalo para baixo.
— Lixo: deixar ensacado para a coleta.
— Calhas: manter limpas e desobstruídas.
— Ralos: proteger com tela milimétrica.
— Pneus: guardar secos e em local coberto.
— Vasos: escorrer a água e preencher com areia.
— Piscina: manter a água tratada.
— Caixa d’água: manter bem tampada.
Quais são os sinais da doença?
— Febre alta
— Falta de apetite
— Manchas vermelhas pelo corpo
— Náuseas e vômitos
— Dores nos músculos e juntas
— Dor de cabeça
— Dor atrás dos olhos
— Fraqueza
Como ocorre a transmissão
— Por meio da picada do mosquito fêmea Aedes aegypti infectado. Uma vez infectado, o homem demora de quatro a 10 dias para apresentar os sintomas da dengue.
— Não tome medicamentos por conta própria e, principalmente, nunca utilize remédios que contenham ácido acetilsalicílico (como aspirina).
— Não existe vacina contra a dengue nem medicação específica para combater a infecção.
— Em caso de suspeita da doença, procure um médico.
— Para aliviar os sintomas, é necessário fazer repouso e beber muito líquido.
Fonte Zero Hora
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