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quinta-feira, 21 de março de 2013

Dor crônica no pescoço pode piorar com a idade e revelar problemas emocionais

Região cervical é a mais sensível da coluna, por isso,
a dor no local exige cuidados
Cervicalgia pode atingir metade da população mundial a partir dos 18 anos e indica problemas graves na coluna
 
Responsável por sustentar o peso de seis quilos da cabeça e realizar mais de 600 movimentos diários, a coluna cervical, localizada na região do pescoço, é vítima de queixas constantes de dor e incômodo. A cervicalgia, como é identificada pelos especialistas, é sintoma de um problema que pode atingir de 30% a 50% da população mundial durante a vida, agravando-se com o passar dos anos.
 
Composta por sete vértebras, a coluna cervical mantém contato com estruturas importantes do organismo, como a medula espinhal, vasos arteriais e venosos e nervos ligados ao cérebro. Entre 18 e 65 anos, é comum essa região começar a apresentar complicações, e a cervicalgia é um sintoma.
 
— A dor na estrutura cervical é sinal de algum problema. O mais comum é o desgaste físico da coluna, que surge com o envelhecimento — afirma o cirurgião ortopedista Aldemar Roberto Mieres Rios.
 
Segundo o médico, as complicações começam nos discos intervertebrais, que são anéis fibrocartilaginosos entre as vértebras, responsáveis por amortecer o peso da cabeça e manter a estabilidade da coluna. Essas estruturas são compostas por um gel de proteína que se rompe com o passar do tempo, perdendo água e desidratando os discos. Consequentemente, eles perdem sua funcionalidade. Essas alterações também estão relacionadas a fatores genéticos e ao modo de vida.
 
O problema resulta em outros diagnósticos graves, transformando-se em uma "bola de neve" de doenças degenerativas. Conforme Rios, as complicações do envelhecimento da estrutura podem ocasionar hérnias de disco, quando ocorre compressão das raízes nervosas da coluna, ou estenoses, com o estreitamento ou redução do canal por onde passam a medula e os nervos.
 
Problemas psicossomáticos
A cervicalgia pode revelar problemas psicossomáticos. Segundo o médico ortopedista, quando a pessoa está com um nível de estresse elevado, por exemplo, a tensão é um fator para contrair a musculatura da coluna cervical, ocasionando a dor no pescoço. Dormência nos ombros, braços e pernas também são sinalizadores de problemas emocionais e físicos, quando ocorre compressão da medula e dos nervos.
 
O alívio da dor surge com o tratamento adequado da região cervical, que deve ser encaminhado por especialistas. O paciente passa por triagem e exames clínicos antes de iniciar procedimentos mais específicos.
 
— A região cervical é a parte mais sensível da coluna, por isso, a dor no local exige cuidados — alerta o cirurgião.
 
Não é normal, por exemplo, haver incômodo no pescoço durante a noite, quando estamos relaxados. Isso pode indicar tumores ou infecções. Apenas o diagnóstico detalhado do médico pode trazer uma nova perspectiva para a pessoa manter uma vida tranquila.
 
Fonte Zero Hora

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