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quinta-feira, 21 de março de 2013

Academia para portadores de HIV pode fechar em SP

Curso Prescrição de exercícios físicos para portadores de HIVA primeira academia de ginástica para tratamento gratuito de pacientes com aids, instalada em outubro de 2011, em Sorocaba (SP), corre o risco de fechar.
 
A entidade mantenedora comunicou nesta quarta-feira à família dos 89 usuários que manterá o atendimento somente até o final deste mês porque desde janeiro não recebe os repasses destinados pelo governo federal. "Não pagamos o aluguel da sala com equipamentos, nem as contas de luz, água e telefone. Logo estaremos no escuro e incomunicáveis", desabafou a presidente do Grupo de Educação à Prevenção da Aids de Sorocaba (Gepaso), Maria Lucila Magno, que mantém a academia.

Os exercícios orientados por profissionais ajudam a combater a síndrome lipodistrófica, um dos efeitos colaterais do tratamento prolongado contra a doença. Os portadores do vírus passam a apresentar anormalidades, como acúmulo de gordura no abdome, costas e seios, diminuição da massa muscular nas pernas e braços, e alterações metabólicas, quadro que contribui para o abandono do tratamento com antirretrovirais. Os exercícios, acompanhados por especialistas, vêm apresentando resultados reconhecidos pela comunidade médica.

De acordo com a infectologista Rosana Paiva dos Anjos, que faz parte da equipe multidisciplinar da academia, os pacientes passam por avaliação médica e cardiológica a cada seis meses, além do acompanhamento trimestral da carga viral. Dois educadores físicos acompanham os exercícios a cada período. Os usuários também têm sessões com fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista. "Além do aspecto físico, o exercício ajuda na recuperação da autoestima", disse a médica.

A falta de repasse levou a atraso também no pagamento desses profissionais - a maioria continua trabalhando voluntariamente. De acordo com Lucila, desde janeiro foram retidos R$ 173 mil. O dinheiro provém de repasses do Ministério da Saúde ao programa de prevenção e combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST-Aids). O Ministério informou que o recurso foi passado ao Governo do Estado que, por sua vez, destinou ao município gestor.

A Secretaria da Saúde de Sorocaba alegou que a prestação de contas apresentada pelo Gepaso não está totalmente regular, impossibilitando a liberação de novos recursos. Houve falta de apresentação de extrato bancário sobre a movimentação financeira. A presidente informou que a prestação seguiu rigorosamente o protocolo. Ela disse ter ido 25 vezes à prefeitura em busca da liberação do recurso e só numa das últimas audiências foi solicitado o extrato, o que foi prontamente atendido.
 
Fonte R7

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