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quinta-feira, 21 de março de 2013

Cientistas criam útero artificial

Um trabalho pioneiro liderado por cientistas da Universidade de Nottingham ajudou a revelar pela primeira vez um processo vital no desenvolvimento do embrião dos mamíferos.
 
A equipe, liderada pelo professor Kevin Shakesheff, criou um novo dispositivo na forma de uma bacia macia de polímeros, que imita o tecido do útero dos mamíferos, onde o embrião é implantado.
 
Esse novo método de cultura em laboratório permitiu aos cientistas analisar aspectos críticos do desenvolvimento embrional, nunca antes vistos. Pela primeira vez foi possível crescer um embrião fora do corpo da mãe, pelo tempo suficiente de observar o progresso em tempo real, entre o quarto e o oitavo dia de desenvolvimento.
 
“Usando nossos materiais e técnicas únicas nós conseguimos observar um comportamento incrível das células no estágio vital do desenvolvimento embrionário. Nós esperamos que esse trabalho abra as portas de segredos, que podem melhorar os tratamentos médicos que exigem tecidos para regeneração”, afirma Shakesheff.
 
No passado, foi possível apenas criar um ovo fertilizado por quatro dias, enquanto ele crescia de uma célula única até um blastocisto, com 64 células tronco que iram formar o corpo inteiro, e mais algumas células embrionárias extras que formarão a placenta e outros sistemas. Mas o conhecimento posterior a esse período, quando o blastocisto precisa ser implanto na placenta para se desenvolver, era muito limitado. Os cientistas contavam apenas com imagens de embriões removidos de úteros, em estágios diferentes de desenvolvimento.
 
Agora, os cientistas puderam ver pela primeira o primeiro passo na formação da cabeça, que envolve as células se movendo a longas distâncias dentro do embrião.
 
“Em semanas, todos os tecidos principais e os órgãos já estão formados e começando a funcionar. Se nós pudéssemos entender essa habilidade humana fantástica de se autoformar, poderíamos desenvolver novos tratamentos médicos para curar doenças atualmente sem cura. Por exemplo, aquelas que afetam o coração poderiam ser revertidas, se pudéssemos recriar o processo pelo qual os músculos cardíacos são formados e se ligam ao sangue e ao sistema nervoso”.
 

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