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quinta-feira, 21 de março de 2013

Escoliose pode ser observada em sala de aula

Atenção ao desenvolvimento da criança e do adolescente é
fundamental durante o período escolar para o futuro tratamento
Na adolescência, o desenvolvimento da estrutura óssea e muscular evidencia o desvio de coluna
 
O desvio da coluna para a direita ou para a esquerda, formando um "S" ou "C", pode não apresentar sintomas, além de um desvio postural. Por isso, se o professor observa a postura errada das crianças nas aulas, pode ajudar a identificar problemas na coluna antes que eles se agravem.
 
— O primeiro olhar é o do educador, que convive com o aluno no período escolar e percebe que tem algo diferente na postura dele. Esse diagnóstico é essencial para evitar que o paciente venha ao consultório com a escoliose em nível de cirurgia — observa o médico cirurgião ortopedista, Aldemar Roberto Mieres Rios.
 
O professor de educação física Wolmar Pinheiro Neto notou algo diferente em um dos seus alunos da 5ª série.
 
— Observei que a aluna tinha um ombro mais alto do que o outro e logo constatei um desvio postural — comenta Neto.
 
Esse foi apenas o primeiro caso de uma série de outros que passariam pelo docente: estudantes com escoliose idiopática. A observação de Neto foi importante para que a aluna tivesse uma vida saudável. Ao perceber algo errado, o professor alertou a família e sugeriu que avaliassem a situação com especialistas.
 
— A escoliose pode aparecer em qualquer idade. Temos que estar atentos, principalmente no período da adolescência, pois o desenvolvimento da estrutura óssea e muscular evidencia esse desvio — explica o educador.
 
Escoliose idiopática
De acordo com o médico Aldemar Rios, as observações do professor são as mais comuns: diferença na altura dos ombros e do quadril e a presença de gibosidades, formando um aspecto "corcunda".
 
A escoliose idiopática é a manifestação de uma doença que pode acometer jovens em idade escolar, dividindo-se em infantil (zero a quatro anos), juvenil (cinco a nove anos) e em adolescentes (10 a 16 anos). A causa da deformidade é desconhecida, embora 30% dos pacientes tenham histórico de algum caso na família, segundo a Sociedade de Pesquisa em Escoliose.
 
Meninas costumam apresentar pelo menos o dobro de diagnósticos a mais do que o público masculino. No entanto, o índice é alarmante para ambos os gêneros.
 
— A progressão da escoliose pode ocasionar problemas de insuficiência respiratória e cardíaca, pois o pulmão e o coração são comprimidos pela diminuição do tórax — explica Rios.
 
Ainda de acordo com o ortopedista, a coluna é prejudicada pelo desgaste precoce dos discos intervertebrais, causando hérnias e outras complicações no futuro, além dos problemas estéticos.
 
Atenção no período escolar
O tratamento depende do momento em que o paciente chega ao consultório. Casos com 10 a 25 graus precisam de acompanhamento clínico para evitar o índice de progressão. Índices maiores, que podem até ultrapassar 100 graus, são encaminhados para procedimentos mais sensíveis, como cirurgias. Por isso, a atenção ao desenvolvimento da criança e do adolescente se torna essencial durante o período escolar.
 
— É muito difícil prevenir a escoliose. O ideal é fazermos um diagnóstico precoce, evitando futuras deformidades graves, que são de complicado tratamento. O olhar de professores, da família e das pessoas próximas ao paciente nunca será demais para evitar esse problema tão comum e tão grave — alerta o médico.
 
Fonte Zero Hora

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