Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS Primeira cirurgia robótica no Hospital de Clínicas está marcada para o dia 16 de agosto deste ano |
Adquirido com recursos próprios a um custo aproximado de R$ 7 milhões, o equipamento chamado Da Vinci, da empresa Intuitive, será empregado, inicialmente, apenas em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Se tudo correr conforme o previsto, a primeira cirurgia deve ocorrer em 16 de agosto, sob supervisão de um americano.
Ao contrário do que se pode imaginar, o robô não opera sozinho: ele recebe os comandos do médico, repetindo seus movimentos diante do paciente. A unidade robótica só funciona quando há um cirurgião operando no console, que pode ficar dentro da sala cirúrgica ou à distancia, via internet. Sempre ao lado do paciente há um cirurgião habilitado a operá-lo, no caso da necessidade de cirurgia convencional. Caso o médico retire o rosto do visor do robô, a operação é interrompida de forma automática.
Com a inovação, a meta do hospital é investir em treinamento de novos médicos, além de agregar mais precisão às cirurgias. Foi por isso que se optou pelo modelo de dois módulos, possibilitando a atuação de um cirurgião veterano em conjunto com um menos experiente.
O robô-cirurgião chega a Porto Alegre em 90 dias. Mas os profissionais do hospital-escola já estão recebendo treinamentos em um simulador robótico, muito parecido com a unidade real. Ele veio dos Estados Unidos, e para saber operá-lo, profissionais da instituição recebem treinamentos que incluem simulações e testes virtuais.
Após passar pela simulação, explica o professor de cirurgia geral Leandro Totti Cavazzola, os médicos passarão para o ato cirúrgico, supervisionados por um cirurgião experiente. Segundo ele, nenhum cirurgião irá operar um paciente sem antes passar por testes.
Conforme o especialista, há, na literatura científica, inúmeros estudos comprovando que o treinamento no simulador agrega competência. O programa de treino, aliás, faz parte do pacote adquirido pelo hospital e é direcionado a médicos com maior experiência em videolaparoscopia.
As primeiras áreas a serem beneficiadas serão a urologia e a ginecologia. Nos seis meses seguintes, a prioridade será dada às cirurgias geral, do aparelho digestivo e torácica. A previsão para atingir todo o hospital é de até dois anos.
Fonte Zero Hora
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